São Paulo, quinta-feira, 26 de setembro de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FUTEBOL

Com gol contra, time impõe primeira derrota a gaúchos em Caxias e chega aos 26 pontos, mas perde no saldo de gols

No Sul, Corinthians bate o líder Juventude

DA REPORTAGEM LOCAL

Com um gol contra, o Corinthians venceu o Juventude por 1 a 0 ontem em Caxias do Sul (RS), quebrou a invencibilidade do time no estádio Alfredo Jaconi e se igualou aos gaúchos em números de pontos na tabela do Brasileiro.
O time do técnico Carlos Alberto Parreira tem agora 26 pontos, mas perde para o Juventude no seu saldo de gols (zero dos paulistas contra oito dos gaúchos).
A vitória sobre o líder do Nacional, que não vence há três rodadas, era tudo que os corintianos queriam. O time chega com o retrospecto de três vitórias consecutivas para o clássico do próximo domingo contra o São Paulo.
"Foi mais um jogo que o time se superou e mostrou força. Agora podemos falar de São Paulo", afirmou Parreira após a partida.
E se superou mesmo. O time foi mais "brigador" (desarmou mais que o normal -151 contra a média de 118,9 e fez mais faltas que o Juventude -20 contra 16). E, como temia Parreira, sem seus principais articuladores -os laterais Rogério e Kléber-, o Corinthians caiu técnica e taticamente.
Seus substitutos, Angelo e Moreno, foram instruídos a marcar. Cumpriram a determinação, mas o time ficou sem opções em suas investidas.
Os novatos ainda mostraram nervosismo, principalmente Angelo. Só no primeiro tempo, ele errou sete passes, perdeu quatro bolas, cometeu três faltas, recebeu cartão amarelo e foi expulso (na metade do segundo tempo) após colocar o braço na bola.
Vampeta e Renato também atuaram recuados para dar cobertura aos inexperientes laterais. Sem a compactação com o meio-campo, o ataque corintiano ficou isolado diante dos seis marcadores da melhor defesa do Brasileiro até agora -sofreu apenas sete gols após a derrota de ontem.
Mesmo retrancado, o Corinthians se mostrou vulnerável. Os homens de defesa iniciaram o jogo mal posicionados e davam espaços para os gaúchos atacarem.
Só no primeiro tempo foram 14 cruzamentos e oito finalizações dos gaúchos contra apenas quatro dos corintianos (todas para fora).
Os atacantes do Juventude, Cláudio Pitbull e Leonardo Manzi, arriscavam mais. Entretanto as finalizações paravam nas mãos de Doni ou iam para fora do gol. As melhores chances dos gaúchos aconteceram no fim do primeiro tempo, com Pitbull e Dionattan.
"O jogo não é propício para atacantes. O importante é segurar o Juventude e pontuar", afirmou Guilherme no intervalo do jogo.
No segundo tempo, o Corinthians voltou com uma postura diferente. Parreira adiantou mais o time, os jogadores trocavam mais passes e os laterais passaram a apoiar. Gil começou a ser mais acionado pela esquerda. O Corinthians melhorou e chegou ao gol.
Mas, como previu Guilherme, o jogo não foi para atacantes, já que no setor ofensivo o Corinthians errou todas as seis finalizações que tentou na partida.
Aos 19min, porém, após cruzamento do atacante Gil, o goleiro Diego, atrapalhado por Guilherme, rebateu, a bola tocou no rosto do zagueiro Renato e foi em direção ao gol -1 a 0 Corinthians.
Com a vantagem no placar, o time de Parreira recuou e acertou a marcação. O Juventude partiu para o ataque, apostando em bolas cruzadas e chutes de fora da área.
Apesar da pressão, o Corinthians garantiu a vitória e impôs a primeira derrota do Juventude para um time paulista no Brasileiro-2002. E, mais uma vez, Doni fez boas defesas. Quando não fez, o goleiro viu o árbitro anular o gol de Pitbull, com a mão, no último minuto da partida.



Texto Anterior: Ação - Carlos Sarli: Resumo da história
Próximo Texto: Time já respira clássico contra o São Paulo
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.