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FUTEBOL
Com gol contra, time impõe primeira derrota a gaúchos em Caxias e chega aos 26 pontos, mas perde no saldo de gols
No Sul, Corinthians bate o líder Juventude
DA REPORTAGEM LOCAL
Com um gol contra, o Corinthians venceu o Juventude por 1 a
0 ontem em Caxias do Sul (RS),
quebrou a invencibilidade do time no estádio Alfredo Jaconi e se
igualou aos gaúchos em números
de pontos na tabela do Brasileiro.
O time do técnico Carlos Alberto Parreira tem agora 26 pontos,
mas perde para o Juventude no
seu saldo de gols (zero dos paulistas contra oito dos gaúchos).
A vitória sobre o líder do Nacional, que não vence há três rodadas, era tudo que os corintianos
queriam. O time chega com o retrospecto de três vitórias consecutivas para o clássico do próximo
domingo contra o São Paulo.
"Foi mais um jogo que o time se
superou e mostrou força. Agora
podemos falar de São Paulo", afirmou Parreira após a partida.
E se superou mesmo. O time foi
mais "brigador" (desarmou mais
que o normal -151 contra a média de 118,9 e fez mais faltas que o
Juventude -20 contra 16). E, como temia Parreira, sem seus principais articuladores -os laterais
Rogério e Kléber-, o Corinthians caiu técnica e taticamente.
Seus substitutos, Angelo e Moreno, foram instruídos a marcar.
Cumpriram a determinação, mas
o time ficou sem opções em suas
investidas.
Os novatos ainda mostraram
nervosismo, principalmente Angelo. Só no primeiro tempo, ele
errou sete passes, perdeu quatro
bolas, cometeu três faltas, recebeu
cartão amarelo e foi expulso (na
metade do segundo tempo) após
colocar o braço na bola.
Vampeta e Renato também
atuaram recuados para dar cobertura aos inexperientes laterais.
Sem a compactação com o meio-campo, o ataque corintiano ficou
isolado diante dos seis marcadores da melhor defesa do Brasileiro
até agora -sofreu apenas sete
gols após a derrota de ontem.
Mesmo retrancado, o Corinthians se mostrou vulnerável. Os
homens de defesa iniciaram o jogo mal posicionados e davam espaços para os gaúchos atacarem.
Só no primeiro tempo foram 14
cruzamentos e oito finalizações
dos gaúchos contra apenas quatro
dos corintianos (todas para fora).
Os atacantes do Juventude,
Cláudio Pitbull e Leonardo Manzi, arriscavam mais. Entretanto as
finalizações paravam nas mãos de
Doni ou iam para fora do gol. As
melhores chances dos gaúchos
aconteceram no fim do primeiro
tempo, com Pitbull e Dionattan.
"O jogo não é propício para atacantes. O importante é segurar o
Juventude e pontuar", afirmou
Guilherme no intervalo do jogo.
No segundo tempo, o Corinthians voltou com uma postura
diferente. Parreira adiantou mais
o time, os jogadores trocavam
mais passes e os laterais passaram
a apoiar. Gil começou a ser mais
acionado pela esquerda. O Corinthians melhorou e chegou ao gol.
Mas, como previu Guilherme, o
jogo não foi para atacantes, já que
no setor ofensivo o Corinthians
errou todas as seis finalizações
que tentou na partida.
Aos 19min, porém, após cruzamento do atacante Gil, o goleiro
Diego, atrapalhado por Guilherme, rebateu, a bola tocou no rosto
do zagueiro Renato e foi em direção ao gol -1 a 0 Corinthians.
Com a vantagem no placar, o time de Parreira recuou e acertou a
marcação. O Juventude partiu para o ataque, apostando em bolas
cruzadas e chutes de fora da área.
Apesar da pressão, o Corinthians garantiu a vitória e impôs a
primeira derrota do Juventude
para um time paulista no Brasileiro-2002. E, mais uma vez, Doni
fez boas defesas. Quando não fez,
o goleiro viu o árbitro anular o gol
de Pitbull, com a mão, no último
minuto da partida.
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