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POR QUÊ?
Time investe na base e deixa de ser coadjuvante
DA REPORTAGEM LOCAL
E DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
Sem os veteranos da época
de dinheiro fácil dos tempos da
Parmalat, o Juventude mirou
nas categorias de base e deixou
de ser um coadjuvante no
Campeonato Brasileiro para
pensar no título da edição 2002.
Praticamente metade do time
titular que levou a equipe de
Caxias do Sul à quarta colocação na fase de classificação se
formou no próprio clube.
Nesse grupo está o principal
atleta do time. Descoberto em
São Paulo, o meia-atacante Michel, 22, é o maior articulador
das jogadas ofensivas do time.
Também começou sua carreira profissional no Juventude
o goleiro Diego, 23, que foi o
principal responsável pelo empate de 0 a 0 com o Grêmio no
último domingo, no Olímpico.
Outros pratas da casa de destaque na campanha da equipe
no Brasileiro são o lateral-direito Mineiro, 20, e os meias Dionattan, 20, e Marcelo, 22.
Uma nova fornada de revelações, porém, já está a caminho.
Principal fruto do acordo
com a Parmalat na estrutura do
clube, o CFA (Centro de Formação de Atletas) tem sete
campos de futebol espalhados
em 30 hectares e próximo ao
estádio Alfredo Jaconi. Há
atualmente, no centro de formação, mil alunos participando da escolinha de futebol.
Outro fator decisivo para a
boa campanha da equipe foi o
tempo disponível para o técnico Ricardo Gomes montar seu
time. Com a equipe eliminada
precocemente nas competições
do primeiro semestre, ele treinou o grupo que disputa o Nacional por quase dois meses.
Com um elenco jovem e entrosado, o Juventude, única
equipe que permaneceu na zona de classificação durante toda a primeira fase, começou o
Brasileiro de forma arrasadora.
Nas dez rodadas iniciais, foram oito vitórias, sempre com
uma defesa muito segura.
O Juventude chegou a ter
uma média de gol sofrido inferior a 0,50 por partida. Depois,
caiu um pouco de produção,
entretanto ainda ostenta hoje a
segunda defesa menos vazada
do Campeonato Brasileiro.
Parceria
Fundado em junho de 1913, o
Juventude, até o advento da
Parmalat, tinha como principal
glória o vice-campeonato gaúcho de 1965 -o Grêmio sagrou-se campeão naquele ano.
De maio de 1993 a julho de
2000, a Parmalat, como fez com
o Palmeiras, manteve uma relação de co-gestão com o clube
caxiense. Durante esse período, a multinacional italiana
emprestou para o Juventude
jogadores que estavam em má
fase no Palmeiras, como Galeano e Alex Alves.
Além disso, utilizou o time de
Caxias do Sul como ponte para
grandes negócios, como o que
colocou o lateral-direito Cafu
no clube do Parque Antarctica.
"A Parmalat acertou ao vir
para Caxias do Sul, cidade de
origem italiana, que a recebeu
muito bem. Para nós, ela ajudou com ensinamentos e recursos. Ela nos ensinou a montar uma estrutura verdadeiramente profissional e nos trouxe
jogadores de alto nível. O efeito
disso se dá a longo prazo", afirma Marcos Cunha Lima, o presidente do Juventude.
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