DA REPORTAGEM LOCAL

Nadia Comaneci colocou uma meta para seus próximos anos: visitar o Brasil.
A idéia da ex-atleta, que promove apresentações de ginástica, é trazer um de seus shows para o país. Tudo surgiu, diz ela, após conversas com o "Rei" do futebol.
"Conheci Pelé em um dos eventos de que participei e, sempre que o vejo, ele me diz que eu ficaria encantada ao visitar o Brasil, que é um país belo e com pessoas muito carinhosas. Estou ansiosa por levar meus projetos um dia até aí", afirmou.
Ela revela ainda que só hoje tem noção da importância da nota dez tirada em 18 de julho de 1976, na Olimpíada de Montréal. "Eu era tão jovem [14 anos] que não compreendi o impacto daquilo. Depois que amadureci, esse momento tem definido minha vida inteira. E ela tem sido tão maravilhosa e continua sendo por causa dela."
Na época, ela pediu uma bicicleta nova como recompensa pelo feito -recebeu carro, apartamento, medalha de honra e o assédio do filho do ditador Ceausescu.
Ela acredita que, apesar do rigor na avaliação, irão surgir outras atletas como ela. "Penso que as mulheres começaram a mudar o mundo em muitas frentes. Estou feliz de ter feito a minha parte para abrir as portas do esporte a elas. Hoje desfruto vendo mulheres rompendo outras barreiras."
Segundo Comaneci, a Romênia, que quase fechou o Mundial-05 sem pódio no feminino, irá superar a crise causada com a saída do técnico Octavian Belu e as denúncias de que as atletas trocaram treino por balada. "É caso corriqueiro. O país tem tradição, treinadores muito bons e um suporte incrível para o esporte." (CCP)


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