São Paulo, segunda-feira, 26 de dezembro de 2005

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VÔLEI

As surpresas e revelações

CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA

A teoria todo mundo já conhecia: as principais estrelas do vôlei masculino estão no exterior, logo há mais espaço nos times para as novas gerações, e a tendência é que surjam mais revelações na Superliga.
Nas cinco primeiras rodadas, já não faltam surpresas. As maiores vêm de Santa Catarina.
O time foi formado neste ano. O ex-jogador Renan, até então dirigente da Unisul, resolveu mudar de função e de camisa.
Voltou a ser técnico e com a nova equipe de Florianópolis conquistou o título da Liga Nacional. Resultado: ganhou vaga na Superliga e, após cinco rodadas, é a surpresa da competição.
A equipe está invicta, com cinco vitórias. Desempenho igualado somente pela Ulbra/Ferraz, do técnico Ricardo Navajas, que também ainda não sofreu derrotas. E olha que o time catarinense já passou por adversários como Banespa, Bento Gonçalves e a favorita Unisul.
Você sabe que o torneio é longo e muita coisa pode acontecer, mas o certo é que o time de Florianópolis está redondinho.
A sua força está concentrada em dois fundamentos: bloqueio e levantamento. E quem está fazendo sucesso são dois jogadores da nova geração: Sidão e Bruninho.
Nos cinco jogos que disputou, o time assinalou 66 pontos de bloqueio, uma boa média de 13 por jogo. A muralha tem nome: é o central Sidão, 23 anos e 2,03 m. Só ele fez 28 pontos de bloqueio. Mais: já foi escolhido por três vezes nesta temporada o melhor jogador em quadra da sua equipe.
No levantamento, o dono da bola é Bruninho, que já tem a vantagem de carregar uma bela herança genética: é filho da ex-jogadora Vera Mossa e do técnico Bernardinho. Tem 19 anos, 1,90 m e foi medalha de prata no último Mundial Juvenil.
Na Superliga, Bruninho está fazendo a diferença. Rápido e habilidoso, lidera o ranking nas estatísticas de melhor levantador. Uma grata surpresa, já que ele tem concorrentes como Marlon, do Minas; Talmo, do Banespa; Rafa, da Ulbra; e Vinhedo, a revelação da última Superliga e que hoje defende a Unisul.
Renan conseguiu um bom equilíbrio com um fator importante: experiência e juventude. Ao lado de Bruninho e Sidão, ele tem o central Douglas, 35 anos e campeão olímpico em Barcelona, e o ponteiro Dirceu, 30 anos. Completam a equipe titular o ponteiro Zanuto, 22, e o oposto Bob, 26 anos e de 2,08 m.
Mas não dá para esquecer que o campeonato promete muito equilíbrio. Sem grandes estrelas, as forças ficaram divididas. Sete dos doze clubes inscritos têm alguma chance de chegar ao título. Além de Florianópolis e Ulbra, tem Minas, Bento Gonçalves, Banespa, Unisul e São Leopoldo.
Quem ainda não se acertou é a Unisul. Em cinco jogos, sofreu três derrotas.
O time do levantador Vinhedo, do ponteiro Ezinho e do técnico Zé Roberto Guimarães ocupa o sétimo lugar. Vinhedo não tem jogado tudo o que sabe e o time também tem errado muito. Mas o torneio está só começando.

Italiano 1
Os jogadores não têm folga no Italiano. Hoje, tem rodada completa. O jogo mais aguardado reúne o Modena, do levantador Ricardinho, e o Piacenza, do líbero Escadinha. O confronto vale a terceira colocação. O líder é do Treviso, do central Gustavo. O time tem quatro pontos a mais que o segundo, o Cuneo, dos atacantes Giba e Anderson.

Italiano 2
No feminino, o Campeonato Italiano deu uma pausa. A próxima rodada só será disputada no dia 8 de janeiro. Apenas um ponto separa o Perugia, time de Fofão e Walewska, que está em terceiro lugar, do Pesaro, da atacante Sheilla, que ocupa a quarta posição. A liderança é do Bergamo, da italiana Francesca Piccinini. O Novara, da romena Cristina Pirv e da cubana Taimarys Aguero, é o vice-líder.


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