São Paulo, sexta-feira, 27 de fevereiro de 2004

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FUTEBOL

Depois de dez anos, time volta a seu alçapão na Libertadores e derrota o Cobreloa diante de quase 55 mil torcedores

São Paulo ganha e mantém série em casa

EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL

Dez anos depois, pouca coisa mudou. No retorno ao Morumbi ontem para disputar um jogo de Libertadores, o São Paulo experimentou algo que havia se tornado corriqueiro para o clube no início da década de 90, quando venceu duas vezes o torneio (1992 e 1993).
Os comandados de Cuca bateram o chileno Cobreloa por 3 a 1 sob aplausos de quase 55 mil torcedores. Foi o 14º triunfo seguido do time como mandante no principal interclubes da América.
No total, em 36 jogos que a equipe disputou como mandante na na competição continental, o clube chegou ontem a 25 vitórias.
O São Paulo não atuava no Morumbi pela Libertadores desde a perda do título de 1994 para o Vélez Sarsfield (ARG) na decisão por pênaltis. No tempo normal, o time de Telê Santana fizera 1 a 0.
"Todos falam que o Morumbi é um estádio neutro, mas diante de 55 mil torcedores acaba a parcialidade e vira o campo do São Paulo", disse o goleiro e capitão Rogério logo após a partida.
O público de ontem foi o maior do ano nos jogos em gramados paulistas. Desde o primeiro semestre do ano passado o São Paulo não jogava no Morumbi para um público superior a 50 mil torcedores. A última vez ocorrera na segunda partida final do Paulista, contra o Corinthians, que reuniu mais de 71 mil pessoas.
Com o resultado de ontem, os são-paulinos chegaram a seis pontos no Grupo 4 da Libertadores, ao lado da LDU, do Equador, que leva vantagem no saldo de gols (5 a 3). Ambos se enfrentam na próxima quinta, em Quito.
Em sua primeira jogada de ataque, aos 3min, o São Paulo voltou a marcar no Morumbi pela Libertadores depois de dez anos. Grafite ganhou de cabeça na área, e a bola sobrou para Luis Fabiano que, livre, fez 1 a 0 -o atacante marcou seu 106º gol pelo clube.
Diante de um adversário atordoado, os são-paulinos tiravam proveito, principalmente com as subidas de Gustavo Nery pelo lado esquerdo. Foi por ali que o time chegou ao segundo gol, aos 12min. Gustavo Nery tabelou com Fábio Santos e cruzou para Luis Fabiano. O atacante, na área, tentou o domínio, mas a bola sobrou para Fuentes, que se atrapalhou e chutou para o próprio gol.
O Cobreloa tentava atacar, mas esbarrava na forte marcação do rival. Dessa forma, o São Paulo conseguia criar ótimas chances em contra-ataques.
Na melhor delas, Grafite tocou para Fábio Simplício, que desperdiçou ótima oportunidade na frente do goleiro Tapia.
Depois, Cicinho, após driblar o goleiro, chutou na trave. No rebote, a bola tocou a cabeça de Tapia e voltou para o gol, mas Guidi tirou em cima da linha. Antes de terminar o primeiro tempo, o Cobreloa ainda teve um atleta expulso, o zagueiro Fuentes, que cuspiu em Luis Fabiano.
No segundo tempo, o entusiasmo do São Paulo e de seus torcedores diminuiu com o gol contra de Cicinho, logo aos 3min. Mesmo com um homem a menos em campo, o Cobreloa conseguiu ajustar seu sistema defensivo.
A saída em linha do rival parou o ataque são-paulino, que ficou em impedimento em mais de dez oportunidades. Por duas vezes, o árbitro anulou gols de Luis Fabiano em posição irregular.
A equipe chilena até se arriscou mais ao ataque, mas não levou muito perigo para Rogério.
Quando conseguiu sair da linha de impedimento, o São Paulo e sua torcida foram recompensados. Luis Fabiano recebeu de Danilo, passou por dois rivais e acertou o ângulo de Tapia: 3 a 1.


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