São Paulo, quinta-feira, 27 de maio de 2004

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Corinthians descarta Mário Sérgio

DA REPORTAGEM LOCAL

O Corinthians desistiu ontem de contratar o técnico Mário Sérgio e deve enfrentar o São Paulo, domingo, sem um novo comandante no banco de reservas.
Tite, desempregado, passa a ser a primeira opção. Muricy Ramalho, do São Caetano, é a segunda.
Porém o substituto de Oswaldo de Oliveira só deve estrear depois do clássico no Morumbi.
De acordo com Marcelo Robalinho, advogado de Mário Sérgio, a negociação não deu certo porque o clube não aceitou as condições do técnico, que está sem time.
O treinador havia exigido autonomia para dispensar e contratar jogadores. A discussão durou três dias, insuficientes também para um acerto financeiro.
"A diferença de dinheiro era pequena. O Mário fez imposições para ter condições de trabalho, mas eles não concordaram com elas", afirmou Robalinho.
O fato de os dirigentes terem montado o time com uma pequena participação de Juninho, treinador no começo do ano, fez com que Mário Sérgio exigisse uma multa contratual, caso sua autonomia fosse desrespeitada.
O técnico também queria montar uma nova comissão técnica contratando três profissionais.
A diretoria corintiana diz apenas que considerou exageradas as imposições feitas pelo técnico.
Os dirigentes só abriram novas negociações à tarde, após o fim das tratativas com Mário Sérgio.
Tite não estava entre os nomes pretendidos por Citadini, mas, por falta de opções, o dirigente aceita contratá-lo.
No caso de Muricy, a cúpula corintiana acredita que a eliminação do São Caetano na Libertadores, anteontem, diante do Boca Juniors, pode facilitar a sua saída do clube. O técnico disse não saber do interesse dos corintianos. Mas antes de Oliveira ser demitido, um procurador ligado a ele já havia procurado o Corinthians.
Conselheiros sugeriram Jair Picerni, demitido pelo Palmeiras, mas ele não agrada à diretoria.
Enquanto o substituto não chega, o time é treinado pelo ex-volante Márcio, que era auxiliar de Oliveira, com a ajuda do preparador físico Fábio Mahseredijian.
Os jogadores procuraram minimizar a ausência de um técnico. "Acho normal treinar assim. Venho, faço meu trabalho direito e pronto. Se vai dar certo, só vou saber depois do jogo", afirmou o goleiro Fábio Costa.
Apesar de ajudar a treinar o time, Mahseredijian deve ser demitido com a chegada do novo técnico. Márcio deve permanecer.
Os atletas discordaram da saída de Oliveira, demitido após pressão da Gaviões da Fiel, que protestou em frente à casa do presidente do clube, Alberto Dualib.
A manifestação da uniformizada ocorreu depois da goleada de 5 a 0 para o Atlético-PR, domingo.


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