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São Paulo, sexta-feira, 27 de junho de 2003

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FUTEBOL

Pequeno dicionário santista

JOSÉ ROBERTO TORERO
COLUNISTA DA FOLHA

A zar: Tudo bem, isso não existe, é superstição boba. Mas que tivemos azar, tivemos. A esperança é que tenhamos gasto tudo no primeiro jogo e que no outro eles façam até gol contra.
Bianchi: Ele já roubou títulos praticamente ganhos por São Paulo e Palmeiras. Pode um raio cair três vezes no mesmo lugar?
Chutes: O Santos mandou 23 bolas ao gol do adversário. Ou seja, foi um time corajoso. Sem pontaria, mas corajoso.
Diego: Sofreu uma das marcações mais duras de sua vida. Ainda assim, mostrou personalidade e se apresentou para o jogo.
Elano: Fabiano não foi mal, mas Elano mostra mais eficiência na saída de bola e na ligação com o ataque.
Firula: Paulo Almeida é um incansável marcador, mas continua tentando dribles perto da área. Isso não ajuda e é um perigo para os torcedores cardíacos.
Garotos: Os Meninos da Vila não merecem mais ser chamados de meninos. Já provaram que não se amedrontam em momentos decisivos.
Humor: Apesar do resultado, os santistas não têm motivo para pessimismo e mau humor.
Insólito: Foi a definição dada pelo "Clarín" para o segundo gol de Delgado. Infelizmente, o gol foi insólito, mas construiu uma vantagem sólida.
Jiu-jitsu: Imobilizar o adversário e atacar com eficiência. Esses serão os objetivos do Santos.
Lateral: Reginaldo Araújo faz muitas faltas e falta-lhe sentido de tempo para se lançar ao ataque. Precisa melhorar para alcançar o mesmo nível dos demais.
Morumbi: Ultimamente o Santos tem dado sorte por lá. Ganhou uma vez do São Paulo e duas do Corinthians no Brasileiro do ano passado. A torcida tem que invadi-lo na próxima quarta.
Nervos: Tão necessários quanto os pés numa Libertadores.
Oscar: É mesmo um bom árbitro esse Oscar Ruiz. Espero que o árbitro da decisão não seja do tipo Ubaldo Aquino.
Pegada: O Boca não tem defensores notáveis, mas marca com eficiência. Um ferrolho!
Quebra-cabeça: É o que Leão deve montar nesta semana de expectativa.
Robinho: Segue driblando bem e chutando mal. Por outro lado, sua especialidade são as finais. É a esperança para a quarta-feira.
Salão: Citadinismo à parte, gostaria de acordar na próxima quinta-feira dizendo que o Morumbi é o salão de festas santista.
Tevez: Acho que é o maior talento dos argentinos. É veloz, driblador e incisivo, ou seja, o chato que devia estar jogando no nosso time, e não no deles.
Uruca: Fábio Costa levou azar em dois lances. Na próxima quarta, o Santos terá de fazer gols em abundância em Abbondanzieri.
Vovôs: Foi muito simpática a aparição de veteranos e ex-jogadores do Boca. O Santos não poderia fazer o mesmo?
X: Fazer um gol no começo. Creio que esse é o xis da questão.
Zebra: Foi na condição de zebra que o Santos conquistou o Brasileiro. Por que não outra vez? Pensando bem, assim é até melhor.

Sem preliminares
Graças à vantagem exagerada que obteve, o Boca Juniors deve vir ao Morumbi fechado e com duas linhas de quatro marcadores. Espero muitas faltas e incontáveis reclamações da parte dos argentinos, sempre na tentativa de quebrar o ritmo da pressão santista. De todo modo, o jogo não terá aquela tradicional (e aborrecida) fase de estudos, pois o Santos terá de atacar desde o primeiro minuto, deixando, de vez em quando, espaços para as escapadas de Schelotto e Tevez. Tudo indica que será uma final imprevisível e emocionante.

Frase
Do leitor santista David Dantas, sobre a teoria da relatividade: "Einsten tinha razão: teremos a semana mais longa de nossa vida".

E-mail torero@uol.com.br


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