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FUTEBOL
Pequeno dicionário santista
JOSÉ ROBERTO TORERO
COLUNISTA DA FOLHA
A zar: Tudo bem, isso não
existe, é superstição boba.
Mas que tivemos azar, tivemos. A
esperança é que tenhamos gasto
tudo no primeiro jogo e que no
outro eles façam até gol contra.
Bianchi: Ele já roubou títulos
praticamente ganhos por São
Paulo e Palmeiras. Pode um raio
cair três vezes no mesmo lugar?
Chutes: O Santos mandou 23
bolas ao gol do adversário. Ou seja, foi um time corajoso. Sem pontaria, mas corajoso.
Diego: Sofreu uma das marcações mais duras de sua vida. Ainda assim, mostrou personalidade
e se apresentou para o jogo.
Elano: Fabiano não foi mal,
mas Elano mostra mais eficiência
na saída de bola e na ligação com
o ataque.
Firula: Paulo Almeida é um incansável marcador, mas continua tentando dribles perto da
área. Isso não ajuda e é um perigo
para os torcedores cardíacos.
Garotos: Os Meninos da Vila
não merecem mais ser chamados
de meninos. Já provaram que não
se amedrontam em momentos
decisivos.
Humor: Apesar do resultado, os
santistas não têm motivo para
pessimismo e mau humor.
Insólito: Foi a definição dada
pelo "Clarín" para o segundo gol
de Delgado. Infelizmente, o gol foi
insólito, mas construiu uma vantagem sólida.
Jiu-jitsu: Imobilizar o adversário e atacar com eficiência. Esses
serão os objetivos do Santos.
Lateral: Reginaldo Araújo faz
muitas faltas e falta-lhe sentido
de tempo para se lançar ao ataque. Precisa melhorar para alcançar o mesmo nível dos demais.
Morumbi: Ultimamente o Santos tem dado sorte por lá. Ganhou
uma vez do São Paulo e duas do
Corinthians no Brasileiro do ano
passado. A torcida tem que invadi-lo na próxima quarta.
Nervos: Tão necessários quanto
os pés numa Libertadores.
Oscar: É mesmo um bom árbitro esse Oscar Ruiz. Espero que o
árbitro da decisão não seja do tipo Ubaldo Aquino.
Pegada: O Boca não tem defensores notáveis, mas marca com
eficiência. Um ferrolho!
Quebra-cabeça: É o que Leão
deve montar nesta semana de expectativa.
Robinho: Segue driblando bem
e chutando mal. Por outro lado,
sua especialidade são as finais. É
a esperança para a quarta-feira.
Salão: Citadinismo à parte, gostaria de acordar na próxima
quinta-feira dizendo que o Morumbi é o salão de festas santista.
Tevez: Acho que é o maior talento dos argentinos. É veloz, driblador e incisivo, ou seja, o chato
que devia estar jogando no nosso
time, e não no deles.
Uruca: Fábio Costa levou azar
em dois lances. Na próxima quarta, o Santos terá de fazer gols em
abundância em Abbondanzieri.
Vovôs: Foi muito simpática a
aparição de veteranos e ex-jogadores do Boca. O Santos não poderia fazer o mesmo?
X: Fazer um gol no começo.
Creio que esse é o xis da questão.
Zebra: Foi na condição de zebra
que o Santos conquistou o Brasileiro. Por que não outra vez? Pensando bem, assim é até melhor.
Sem preliminares
Graças à vantagem exagerada
que obteve, o Boca Juniors deve
vir ao Morumbi fechado e com
duas linhas de quatro marcadores. Espero muitas faltas e incontáveis reclamações da parte
dos argentinos, sempre na tentativa de quebrar o ritmo da
pressão santista. De todo modo, o jogo não terá aquela tradicional (e aborrecida) fase de estudos, pois o Santos terá de atacar desde o primeiro minuto,
deixando, de vez em quando,
espaços para as escapadas de
Schelotto e Tevez. Tudo indica
que será uma final imprevisível
e emocionante.
Frase
Do leitor santista David Dantas,
sobre a teoria da relatividade:
"Einsten tinha razão: teremos
a semana mais longa de nossa
vida".
E-mail torero@uol.com.br
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