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BASQUETE
Após saída de jogadoras para o Rio, FPB ajuda times a pagar reforços
Enfraquecido, Paulista faz aposta em estrangeiras
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
O Paulista feminino começa hoje, com três partidas, ainda sofrendo o efeito da perda de boa
parte de suas principais atletas para o basquete carioca.
Após sua eliminação do Nacional, em maio, o BCN/Osasco
anunciou o final da equipe. Isso
motivou o Vasco da Gama a formar seu time no Rio, contratando
meio time de Osasco: Claudinha,
Kelly, Elena e Kátia Denise.
Além disso, a equipe cruz-maltina contará com Janeth, maior
estrela da seleção brasileira, que
deixou o Santo André após oito
anos no time do ABC paulista.
Tentando amenizar os efeitos
da debandada, a FPB (Federação
Paulista de Basquete) decidiu pagar parte dos salários de duas estrangeiras -US$ 3.000 por atleta- para cada um dos oito times
que disputam o torneio.
Inicialmente, a FPB anunciou
que traria jogadoras da seleção
cubana para distribuir duas por
equipe. No entanto, a federação
de Cuba não liberou as atletas para vir atuar no Brasil.
"Foi até melhor, já que abriu a
possibilidade de as equipes escolherem a jogadora que mais se encaixava em suas necessidades",
afirmou Toni Chakmati, presidente da federação paulista.
O problema é que os principais
times declinaram do privilégio
concedido pela federação e farão
pouco uso da vantagem.
A Arcor/Santo André terá apenas a pivô búlgara Albena. Já o time de Jundiaí, que conta com
quatro atletas que foram medalha
de bronze em Sydney -a armadora Adrianinha, a ala Adriana e
as pivôs Marta e Zaine- decidiu
não contratar nenhuma estrangeira para a disputa do Paulista.
"Vamos investir no produto
brasileiro. Para o Nacional, talvez
a equipe tenha alguma estrangeira", disse Uiles Júnior, o Mazola,
diretor de esportes da Quaker.
Se os times mais fortes não
apostaram em atletas de outros
países, as equipes médias aproveitaram a vantagem. O Guaru já
trouxe a ala-armadora Korie Hlede, da Croácia, e está atrás de uma
pivô para completar o elenco.
O Santa Maria/São Caetano,
que sempre contou com verbas
modestas, vindas da prefeitura da
cidade, trouxe duas norte-americanas: a ala-pivô Malikah Willis e
a ala Jaye Barnes.
A Unimed/Ourinhos também
aposta nas norte-americanas. O
time contratou as pivôs Jack Nero
e Nicole Saxon, com passagem
pelo Orlando Miracle, na WNBA.
A Unimed/Americana já acertou com a ala-pivô Delica Bellamy, dos EUA, e está atrás de
mais uma armadora. Já a Toledo/
Araçatuba também deve ir ao aeroporto atrás de reforços. O Itatiba, outro estreante deste Paulista,
irá estrear sem estrangeiras.
"Com isso, o Paulista deste ano
ficou nivelado. As equipes consideradas menores se reforçaram,
enquanto os times favoritos (Arcor e Quaker) continuaram com
as mesmas atletas", analisou o
técnico Antônio Carlos Barbosa,
da Quaker/Jundiaí.
Fora Quaker e Arcor, que devem disputar o título, as outras
equipes estão de olho em uma vaga para o Nacional de 2001. Oficialmente, ninguém sabe quantas
vagas estão em disputa. Mas, para
a FPB, serão cinco.
"Tivemos uma reunião com o
Toni Chakmati em que ele falou
que seriam cinco vagas. Mas não
recebemos nenhum comunicado
da CBB (Confederação Brasileira
de Basquete)", diz Ailton Pereira
Bueno, técnico do Santa Maria.
O problema é que a confederação brasileira ainda não definiu
quantas equipes irão jogar o Nacional do ano que vem. A entidade informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o torneio terá entre oito e dez times,
mas ainda não se sabe se São Paulo terá quatro ou cinco vagas.
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