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TÊNIS
Um caso de amor que terminou
RÉGIS ANDAKU
COLUNISTA DA FOLHA
Tudo começou naquele começo de ano, o verão em 2000.
Eles até já se falavam antes, mas
foi em uma noitada organizada
por um amigo dele que o caso de
fato começou. O caso, porém, evoluiu para um namoro quente
apesar das diferenças e das distâncias -ele em uma cidade
grande, ela em outra, menor; ele
com uma atitude dura, quase insensível em relação ao mundo,
uma cultura, e ela, morando com
os pais e mimada, uma outra cultura, um amor de pessoa.
Consta que não houve na vida
dele um amor como ela. E que por
isso ele já se imaginava morando
com ela, casado, fosse na cidade
dele, que ele sabia que ela adorava, fosse na cidade dela, que ele já
estava até admitindo encarar
-apesar de achar que essa mudança talvez atrapalhasse a carreira profissional dele.
Mas aí, uma noite dessas, o telefone tocou. Não foi uma ligação
como centenas de outras, com as
quais gastavam um caminhão de
dinheiro ao fim do mês para pagar a conta de telefone. Mas, sim,
o telefonema final.
Quase chorando, ela terminava
ali o namoro. Ela, que sabia que
os anos haviam sido bons, que sabia que cortava ali o coração dele,
colocava um ponto final, definitivo, nos sonhos da dupla. Não haveria, como muita gente já contava, um futuro em comum.
Consta que ele ficou arrasado.
"Ele foi chutado, e por telefone. E
é claro que está com raiva, arrasado, envergonhado", disse um
amigo dele. A família dele mostra
desolação. "Ela deve estar passando por uma fase conturbada,
pensando no que vai fazer no futuro. Por isso, vamos esperar que
eles superem isso. Se não voltarem, desejamos bem aos dois", falou outro amigo da família dele.
Parece que ele pegou o avião e
sumiu, não se sabe se foi ao interior ou para fora do país. É certo
que reaparece em breve, ao menos para trabalhar. Ela, no cantinho dela, quieta, só quer paz.
Mas, afinal, caro leitor, tem importância para o tênis o fim do
namoro entre o australiano Lleyton Hewitt e a belga Kim Clijsters? Tem, e muita. A história recente do circuito mostra que um
amor, um romance ou uma namorada é capaz de fazer uma carreira desabar (ou ressurgir).
É público que Andre Agassi retomou o ânimo e a inspiração
após a união com Steffi Graf. É
notório que Pete Sampras deixou
as raquetes por causa de um
amor. É sabido que uma paixão
fez Martina Hingis abandonar o
tênis. E Patrick Rafter também.
Não é público, nem notório,
nem sabido, mas, nos últimos
tempos, boas fases e períodos
ruins estão tão ligados aos amores quanto às contusões. Quase
não se fala de um ex-número um
do mundo que se perdeu em meio
a namoricos fugazes e agora tenta
voltar, "quase abstêmio". Nunca
se falou de outro ex-número um
que mal ficava em pé em jogos na
Europa porque passava noites em
claro vigiando a namorada, por
telefone, em seu país natal...
Quanto a Hewitt, 23, e Clijsters,
21, parece que o caso não tem volta. Mas os dois, se quiserem, têm
tudo para voltar a vencer, de novo cada um por si, e não mais como uma dupla mista.
Em Santiago
É no Chile que começa, na segunda, a Copa Petrobras. Este mesmo
espaço informou que começaria no dia 8, na Argentina. É na semana
seguinte que a série de torneios challengers vai para Buenos Aires.
Em Goiânia
Ficou com a argentina Maria-Jose Argeri o título do Ourocard Tennis Future, no Country Clube de Goiás. Na final, ela derrotou a equatoriana Estefania Balda por 2 a 0.
Em Campo Grande
Thiago Alves venceu anteontem o Pantanal Tennis Open. Bateu, na
final, adiada por um dia devido à chuva, Júlio Silva em dois sets. Nesta semana, Americana (SP) recebe outro torneio da série future.
E-mail
reandaku@uol.com.br
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