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OUTRO LADO
Pacheco nega
ato irregular
da Reportagem Local
O presidente da Lusa, Manoel Gonçalves Pacheco,
nega qualquer irregularidade na venda de Zé Roberto.
Segundo ele, a aprovação
da venda pelo conselho de
fiscalização do clube atesta
sua lisura.
(MD)
Folha - Nos documentos
da venda do Zé Roberto, alguns números parecem não
bater. Poderia me dar uma
explicação?
Manoel Pacheco - Esse
assunto já está esclarecido.
Folha - Mas por que a Lusa vendeu o Zé Roberto por
US$ 4,6 milhões?
Pacheco - Não foi por
US$ 4,6 milhões. A Lusa recebeu US$ 6,1 milhões livres. O COF aprovou isso
há muito tempo. Respondo
qualquer pergunta, menos
sobre esse assunto.
Folha - Por que o contrato
que cede ao Real o direito
para a compra do Rodrigo
fala em valores que somam
US$ 1,5 milhão?
Pacheco - Primeiro, Esse
US$ 1,5 milhão não tem nada a ver com o Rodrigo. Faz
parte do preço do Zé Roberto. Aliás, US$ 1,5 milhão
mais US$ 4,6 milhões formam os US$ 6,1 milhões.
Folha - Mas quanto o Real
pagou pelo Zé Roberto?
Pacheco - US$ 8,1 milhões. São esses US$ 6,1 milhões, mais 1,2 milhão dos
15% do jogador, mais US$
800 mil, que são os 10% do
agente, o Juan Figer.
Folha - Como explica que
na venda do Central para o
Real, o valor seja de US$
9,98 milhões?
Pacheco - Não sei nada.
Não conheço o contrato...
(o repórter oferece uma cópia) e não quero ver nada.
Folha - Por que o jogador
foi transferido para o Central Español e não diretamente para o Real Madrid?
Pacheco - Isso tem a ver
com o direito de imagem do
jogador, uma questão de
impostos. Eles é que acertaram lá.
Folha - Por que aceitou a
venda dessa maneira?
Pacheco - Não é a primeira nem vai ser a última
vez que um negócio para o
exterior será feito dessa
maneira. É que você não
conhece como se faz contrato, por isso acha estranho.
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