São Paulo, quinta, 27 de novembro de 1997.



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OUTRO LADO
Pacheco nega ato irregular

da Reportagem Local

O presidente da Lusa, Manoel Gonçalves Pacheco, nega qualquer irregularidade na venda de Zé Roberto. Segundo ele, a aprovação da venda pelo conselho de fiscalização do clube atesta sua lisura. (MD)

Folha - Nos documentos da venda do Zé Roberto, alguns números parecem não bater. Poderia me dar uma explicação?
Manoel Pacheco -
Esse assunto já está esclarecido.
Folha - Mas por que a Lusa vendeu o Zé Roberto por US$ 4,6 milhões?
Pacheco -
Não foi por US$ 4,6 milhões. A Lusa recebeu US$ 6,1 milhões livres. O COF aprovou isso há muito tempo. Respondo qualquer pergunta, menos sobre esse assunto.
Folha - Por que o contrato que cede ao Real o direito para a compra do Rodrigo fala em valores que somam US$ 1,5 milhão?
Pacheco -
Primeiro, Esse US$ 1,5 milhão não tem nada a ver com o Rodrigo. Faz parte do preço do Zé Roberto. Aliás, US$ 1,5 milhão mais US$ 4,6 milhões formam os US$ 6,1 milhões.
Folha - Mas quanto o Real pagou pelo Zé Roberto?
Pacheco -
US$ 8,1 milhões. São esses US$ 6,1 milhões, mais 1,2 milhão dos 15% do jogador, mais US$ 800 mil, que são os 10% do agente, o Juan Figer.
Folha - Como explica que na venda do Central para o Real, o valor seja de US$ 9,98 milhões?
Pacheco -
Não sei nada. Não conheço o contrato... (o repórter oferece uma cópia) e não quero ver nada.
Folha - Por que o jogador foi transferido para o Central Español e não diretamente para o Real Madrid?
Pacheco -
Isso tem a ver com o direito de imagem do jogador, uma questão de impostos. Eles é que acertaram lá.
Folha - Por que aceitou a venda dessa maneira?
Pacheco -
Não é a primeira nem vai ser a última vez que um negócio para o exterior será feito dessa maneira. É que você não conhece como se faz contrato, por isso acha estranho.



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