São Paulo, segunda-feira, 28 de maio de 2001 |
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Time do Parque São Jorge ratifica título após 0 a 0 contra o Botafogo S.C. Corinthians 24 vezes Paulista
DA REPORTAGEM LOCAL O Sport Club Corinthians Paulista é 24 vezes campeão paulista. O maior vencedor da história do Estadual -agora são três títulos a mais que o Palmeiras- ratificou ontem, no Morumbi, em um jogo sem gols contra o Botafogo de Ribeirão Preto, o final feliz de um campeonato de recuperação. Ratificou também a absolvição esportiva do técnico Wanderley Luxemburgo, pelo menos na limitada jurisdição das quatro linhas do gramado ou do que elas conseguem encerrar de ético e moral. E talvez tenha proporcionado a absolvição pública do ex-treinador da seleção brasileira, alvo das CPIs e de uma enxurrada de processos, ovacionado pelos mais de 80 mil corintianos presentes ao Morumbi e até pela apresentadora Xuxa, que em cadeia nacional na TV Globo, repetiu o refrão pouco criativo ouvido no estádio: "É Luxemburgo, é Luxemburgo". Teve direito ainda a um "esta é sua vida" rápido no "Domingão do Faustão". Com tanto confete, o vaidoso técnico não aguentou e se declarou canditato à seleção. A conquista valeu ainda para locupletar o currículo corintiano dos principais personagens do clube. Luxemburgo igualou-se a Oswaldo Brandão, até então único técnico a ser campeão paulista por três clubes do Estado. No total, soma cinco títulos, por Bragantino, Palmeiras e Corinthians. O meia-atacante Marcelinho, presente a todas as decisões estaduais corintianas desde 1994, obteve sua quarta conquista. Quarta também do presidente Alberto Dualib, que passou o lendário Vicente Matheus, três vezes campeão estadual à frente do clube. O 24º título também devolve o Corinthians ao rumo que seus dirigentes e seu parceiro, o fundo HMTF, traçaram para o time, sua internacionalização. Disputa agora a semifinal da Copa do Brasil contra a Ponte Preta e está com vaga assegurada na Copa dos Campeões, no final de junho, dois atalhos para a Libertadores. Um processo muito aguardado pelos cartolas. Mas que, se vier, será vista como lucro para a torcida, que parece cada vez mais satisfeita com o domínio regional. Neste Paulista, a média de público do time foi de 29,5 mil pagantes. Superior, por exemplo, a obtida na campanha do Brasileiro-99. Cheia de significado para o técnico, os jogadores, o clube e seu parceiro, o capítulo final da ressurreição corintiana neste Paulista esgotou-se, porém, nele mesmo. Para começar, perdeu feio para a concorrência em um domingo cheio de emoções -no Rio, o Flamengo foi tricampeão em cima do Vasco, com um gol de falta de Petkovic, no final do jogo, que lembrou Zico; nos EUA, o brasileiro Hélio Castro Neves venceu as 500 Milhas de Indianápolis. Mas limite mesmo foi imposto pelo abismo financeiro que separava os dois finalistas. Uma realidade que ficou evidente nos 3 a 0 aplicados pelo Corinthians no primeiro confronto, em Ribeirão Preto, e apenas sugerida ontem, quando o placar não saiu do zero apenas pela quinta vez em 126 partidas do Paulista-01. Texto Anterior: Painel FC Próximo Texto: Paulista que coibiu o 0 a 0 acaba sem gols e emoções Índice |
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