São Paulo, segunda-feira, 28 de maio de 2001

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Feminino ganha fácil na diversidade

DA REPORTAGEM LOCAL

Na edição 2001 de Roland Garros, a idéia corrente de que no profissionalismo a massificação de um esporte pelo mundo é maior entre os homens não tem validade.
Em um melhor momento financeiro e com estrelas conhecidas no mundo todo, o tênis feminino tem no Grand Slam francês uma coleção de países participantes um pouco maior e muito mais vistosa do que a chave masculina.
Contando apenas as chaves individuais, incluindo os qualificatórios, mulheres de 46 países diferentes se inscreveram para Roland Garros-2001. Entre os homens, 43 nações têm representantes nas quadras de saibro de Paris.
Se no número de países a diferença não é tão grande, na variedade geográfica e racial as mulheres ganham por goleada.
Os dois países mais populosos do mundo, China e Índia, só inscreveram jogadores para os torneios individuais de Roland Garros na chave feminina.
Segunda maior economia do mundo, o Japão tem duas jogadoras na chave principal da competição francesa entre as mulheres e nenhum atleta entre os homens.
Nações muçulmanas, em que as mulheres muitas vezes têm suas atividades esportivas controladas, têm representantes em Paris, como Tunísia e Indonésia.
Enquanto o Brasil de Gustavo Kuerten não consegue emplacar uma jogadora em Roland Garros, seus vizinhos Paraguai, Colômbia e Venezuela nem de qualificatório precisaram para colocar uma jogadora na competição feminina.
Além da língua e da cultura, o tênis feminino hoje é muito mais diversificado do que o masculino também na cor da pele.
Enquanto na lista dos 100 melhores do ranking de entradas dos homens não aparece nenhum negro, as irmãs Venus e Serena Williams ganham cada vez mais dinheiro e posições na lista das melhores entre as mulheres.
Com espaço em mais mercados, o tênis feminino hoje produz muito mais gente milionária do que o masculino. Na última lista dos 100 esportistas mais ricos do mundo publicado pela revista norte-americana "Forbes", aparecem seis tenistas, sendo que cinco são mulheres -Andre Agassi é o único homem no ranking. (PC)



Texto Anterior: Tênis: Guga estréia em Paris na busca por façanha inédita
Próximo Texto: Vôlei - Cida Santos: Os reis da torcida
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.