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VÔLEI
Seleção estréia hoje na Liga Mundial, primeiro de cinco torneios no ano
Brasil tenta fazer a temporada mais desgastante da história
da Reportagem Local
A seleção brasileira masculina de
vôlei faz hoje a primeira partida
oficial de uma temporada que pode ser a mais exaustiva da década.
O Brasil estréia às 21h (de Brasília) contra o Canadá, em Hull, cidade próxima a Ottawa, na décima
edição da Liga Mundial. Amanhã,
no mesmo horário e local, os times
voltam a se encontrar.
A competição é a terceira mais
importante do circuito internacional -atrás apenas dos Jogos Olímpicos e do Mundial. Distribui US$
8 milhões em prêmios para os 12
participantes. Por se colocar na
disputa, uma seleção já tem assegurado, no mínimo, US$ 500 mil.
Brasil e Canadá estão no Grupo
B, com Espanha e Holanda. O único título brasileiro foi em 93, quando as finais foram no Rio. Em 98,
terminou em quinto. A última aparição oficial da seleção foi no Mundial do Japão, em novembro, no
qual ocupou o quarto posto.
Neste ano, a programação dos
brasileiros prevê cinco torneios
oficiais: Liga Mundial (até julho),
Pan-Americano (entre o final de
julho e agosto), Sul-Americano
(setembro), Copa América (outubro) e Copa do Mundo (novembro). Fez quatro amistosos contra
Cuba (neste mês) e fará mais dois
com a Holanda (julho).
No caso de o Brasil passar da primeira fase nesses torneios, somando os seis amistosos, disputará, no
mínimo, 46 partidas na temporada. Seria sua mais desgastante da
década, ultrapassando os 40 jogos
de 95. Em toda a história, ficaria
atrás apenas das 48 apresentações
de 88 -quando foi quarto colocado nos Jogos de Seul.
Essa marca pode ser batida se a
seleção chegar à final de todos os
torneios: atingiria 51 partidas.
"Espero participar bem das cinco competições, independente de
revezar ou não jogadores", diz o
técnico Radamés Lattari.
Na primeira fase da Liga Mundial, o Brasil disputará 12 partidas.
Na segunda fase, outras quatro.
Lattari, no entanto, já escolheu o
evento que será prioritário neste
ano: a Copa do Mundo. Motivo: os
três primeiros colocados se garantem em Sydney-2000.
Já na Liga Mundial, ele deve promover o rodízio de atletas. O regulamento permite 18 inscritos, mas
não mais que 12 podem ser relacionados a cada jogo.
Marcelo Negrão, por exemplo,
que, após dois anos de exílio, retornou à seleção no último amistoso
com Cuba (no sábado), será poupado dos seis jogos iniciais da Liga
Mundial -todos fora de casa, dois
com cada um dos rivais do grupo.
Negrão encabeça o elenco que vai
ao Pan-Americano. Assim, a CBV
(Confederação Brasileira de Vôlei)
estaria atendendo a um pedido do
COB (Comitê Olímpico Brasileiro)
para que o país seja representado
por uma "equipe de nível".
Das competições da temporada,
a mais cômoda é o Sul-Americano
(onde faria quatro partidas). O
único rival de peso é a Argentina. E
nem esse torneio pode ser desprezado: só os campeões continentais
disputam a Copa do Mundo.
Os brasileiros não serão os únicos a estabelecer prioridades neste
ano: a Itália, atual campeã mundial, deu, a exemplo da última edição da Liga, folga a três jogadores:
Gardini, Gravina e De Giorgi.
"Para eles (os italianos), o que
importa é o Europeu, que é um torneio muito mais difícil do que o
Sul-Americano", diz Lattari.
Além do interesse na premiação,
a Liga Mundial servirá para medir
o quanto as seleções estão adaptadas à nova regra de sets, em 25
pontos corridos.
Com febre, o atacante e capitão,
Nalbert, não deve jogar em sua posição original. Lattari deve escalá-lo como líbero e deslocar Kid para
o ataque.
(JOSÉ ALAN DIAS)
²
NA TV - Canadá x Brasil, ao vivo,
às 21h, na Sportv
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