DA REPORTAGEM LOCAL

O insucesso das negociações entre as federações de basquete de São Paulo e do Rio de Janeiro para a adaptação no calendário -que possibilitaria a realização de torneios estaduais em datas diferentes- ameaça esvaziar ambas as competições.
O pacto entre os dois Estados esbarrou nos interesses locais, o que deve dividir as principais forças da modalidade em campeonatos com finais previsíveis. Vasco e Paraná disputariam o Estadual do Rio com outras seis equipes de nível técnico inferior. Em São Paulo, a disputa regional ficaria polarizada entre Quaker/Jundiaí e Arcor/Santo André.
A principal divergência entre os dirigentes para um possível ajuste de calendário passou a ser o tempo de inatividade a que será submetida cada equipe que não tiver suporte financeiro para disputar ambos os torneios.
"Não posso deixar os times filiados inativos por dois meses logo após a Olimpíada", disse ontem o presidente da FPB (Federação Paulista de Basquete), Toni Chakmati. "Aceitaria um acordo caso os dirigentes do Rio marcassem seu campeonato para janeiro e fevereiro."
Para o diretor do departamento feminino da Federação do Rio, Guilherme Kroll, seria inviável deixar os clubes fuminenses sem atividade no segundo semestre. "Nosso campeonato deve mesmo começar em outubro", afirmou Kroll.
O vice-presidente de esportes olímpicos do Vasco, Fernando Lima, um dos articuladores da tentativa de acordo, agora vê obstáculos ao diálogo. "É difícil encontrarmos uma solução para o impasse das datas", declarou, reafirmando a intenção vascaína de disputar o torneio fluminense. (FZB)


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