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FUTEBOL
Marcos, Edmílson, Gilberto Silva e Kleberson se tornam intocáveis
Parreira usa coadjuvantes de Scolari para derrotá-lo
DO ENVIADO AO PORTO
Eles foram coadjuvantes lançados por Luiz Felipe Scolari. Agora,
com Carlos Alberto Parreira, ganharam status e tornaram-se intocáveis na atual seleção.
Marcos, Edmílson, Gilberto Silva e Kleberson, que só viraram titulares absolutos com Scolari,
barraram antigos protegidos da
dupla Zagallo/Parreira e permanecem na equipe titular.
Mesmo jogando no Palmeiras e
rebaixado com ele para a segunda
divisão do Campeonato Brasileiro, Marcos colocou Dida, em
grande fase no Milan, na reserva
do time nacional.
Esta foi a primeira convocação
de Marcos na era Parreira, mas
mesmo assim, por seu desempenho no Mundial-2002, na Coréia
do Sul e no Japão, foi guindado à
equipe principal.
Seu concorrente esteve com Zagallo na Olimpíada de 1996, em
Atlanta, e na Copa de 1998, na
França, e foi goleiro do Corinthians de Parreira no primeiro semestre da temporada passada.
"O Dida vai jogar depois, mas o
Marcos, pela Copa, será o titular
agora", justifica o treinador.
Na zaga, Edmílson, recuperado
de uma lesão que o tirou do jogo
contra a China, também chegou e
recuperou a posição.
Mas é no meio-campo que o dedo de Scolari mais está presente.
Gilberto Silva e Kleberson, pouco
conhecidos até o início do ano
passado, caíram também nas graças de Parreira.
Desde que assumiu o cargo, o
treinador só elogia a dupla, que
assim deixa na reserva Emerson e
Flávio Conceição, com grande experiência no futebol europeu e
que também sempre estiveram
entre os preferidos do atual comando da seleção brasileira.
No 4-4-2 que está implantando,
Parreira quer os volantes lançados por Scolari protegendo a defesa e, se possível, atacando bastante, com Kleberson mais pela
direita e Gilberto Silva pela parte
esquerda do campo.
Já entre os protagonistas, Parreira também ainda não ousou
mudar a principal obra de Scolari.
Mesmo com Rivaldo e Ronaldinho passando por fases ruins em
seus clubes, os três "erres", responsáveis por 15 dos 18 gols brasileiros no último Mundial, continuam em campo pelo Brasil.
A partir de hoje, contra Portugal, o treinador terá mais elementos para analisar o que está tentando fazer na seleção.
"Este é o primeiro jogo que você
pode avaliar como as coisas vão
funcionar. Mas o esquema deve
demorar para se cristalizar", afirma o treinador, que, na ocasião da
partida diante da China, só fez um
treino, ainda assim bastante leve,
antes do confronto.
No ensaio final para a partida de
hoje, as coisas não funcionaram
muito bem para os brasileiros.
Mesmo enfrentando um time
reserva completado por dois jovens jogadores de um time amador do Porto, os titulares pouco
ameaçaram o gol defendido por
Dida em cerca de 30 minutos de
bola rolando.
(PAULO COBOS)
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