UOL


São Paulo, terça-feira, 29 de abril de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

OUTRO LADO

Em processo, ex-jogador diz que foi enganado

DA SUCURSAL DO RIO

A Folha procurou Pelé e sua assessoria na Pelé Pro, sua empresa em São Paulo, mas não obteve resposta até a conclusão desta edição.
No processo em curso na Barra da Tijuca, Pelé sustenta que foi enganado pelo ex-sócio Hélio Viana, que o teria levado a firmar documentos pela PS&M Inc., do Caribe, quando acreditava estar assinando pela PS&M Ltda., empresa brasileira.
Na ação proposta contra Viana, a offshore é descrita como firma "sorrateiramente clonada" da homônima brasileira. Os nomes iguais teriam sido criados "propositalmente", para "criar confusão entre elas e iludir terceiros de boa-fé".
Em 2001, quando a Folha revelou o uso da PS&M Inc. num contrato com o Unicef da Argentina para evento que não ocorreu, Pelé disse ter assinado os documentos relativos à promoção pensando que a empresa envolvida era a PS&M Ltda. Os contratos citavam textualmente o endereço da PS&M Inc. nas Ilhas Virgens. Assessores de Pelé disseram em 2001 que o ex-ministro tem o hábito de assinar sem ler.
O ex-sócio de Pelé também afirma não ser dono da PS&M Inc., embora tenha assinado contratos pela empresa, da qual tinha uma procuração. Segundo Viana, sua atuação em nome da offshore foi como laranja de Pelé. O ex-ministro seria, conforme o antigo parceiro, o proprietário da empresa.
Na ação que tramita na Barra, Pelé e a PS&M Ltda. cobram de Viana US$ 3 milhões depositados em contas da PS&M Inc. Viana diz que não ficou com os valores e que eles teriam sido recebidos pela estrutura empresarial de Pelé.(MM)


Texto Anterior: Pelé firmou intimação por offshore no Caribe
Próximo Texto: Dupla negociou à frente de ministério
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.