|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
O texto abaixo contém um Erramos, clique aqui para conferir a correção na versão eletrônica da Folha de S.Paulo.
Câmara abre debate sobre Pacaembu
MARIANA BASTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
A Câmara Municipal
quer ampliar o debate em
relação à concessão do Pacaembu ao Corinthians.
Para isso, criou uma comissão de estudos que
passará a funcionar a partir da próxima terça, com a
presidência do vereador
Dalton Silvano (PSDB).
Antonio Goulart, vereador do PMDB e conselheiro do Corinthians, foi nomeado relator. Os demais
membros da comissão serão apresentados hoje.
"A ideia é ouvir representantes dos clubes, de
torcidas e, principalmente, as opiniões contrárias
ao projeto", disse Silvano.
Segundo o secretário
municipal de Esportes,
Walter Feldman, o Corinthians está elaborando um
plano de modernização do
estádio que será apresentado à população. O projeto de reforma estaria orçado em R$ 100 milhões.
"A partir daí, poderá haver uma pesquisa de opinião pública ou um referendo popular para determinar se a maioria é favorável ou não à concessão
do estádio ao Corinthians", afirmou Feldman.
"Em todos os eventos
que vou, sempre pergunto
a opinião da plateia sobre
esse assunto. A maioria é
sempre contra [a concessão]", completou.
O secretário pretende
esclarecer algumas dúvidas com esse debate popular. Seria função do poder
público administrar estádio? Sem investimento
privado é possível modernizar o Pacaembu?
De acordo com a Secretaria de Esportes, o município despendeu, em 2008,
R$ 2,5 milhões na manutenção do estádio. As receitas foram praticamente
a metade: R$ 1,3 milhão.
No primeiro trimestre
de 2009, o déficit foi de R$
200 mil. Os principais
componentes dos gastos
são a manutenção do gramado e o pagamento dos
cerca de 40 funcionários.
O secretário admite que,
caso o Corinthians construa um estádio próprio,
não há um planejamento
para o uso da arena.
"Vai ser gravíssimo se o
Corinthians resolver
construir um novo estádio. Só vamos ter gasto. E
gasto para quê?", questionou o secretário.
Apesar dos altos custos
que a cidade teria que arcar para manter o estádio,
inaugurado em 1940, caso
o Corinthians decida ter
casa própria, a ONG Viva
Pacaembu, formada por
moradores do bairro (que
fica na região central da
capital paulista), resiste à
ideia de uma concessão.
"A melhor situação seria
a população não aprovar a
ideia e o Corinthians não
construir estádio próprio.
Desse modo, não teríamos
somente gastos", avaliou o
secretário municipal.
Texto Anterior: Palco da decisão terá hoje fila por ingressos e taça Próximo Texto: Santos se divide entre problemas e otimismo Índice
|