São Paulo, quarta-feira, 29 de maio de 2002

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POR QUÊ?

Entidade acumula perda de US$ 85 mi, segundo relatório

DO ENVIADO A SEUL

É ao redor do dinheiro da Fifa que giram as discussões pelo controle do futebol mundial.
Na disputa pelo alto comando da entidade, o debate é para determinar se os números que saem do caixa são bons ou ruins.
A entidade distribuiu ontem às federações e à imprensa um livro de 105 páginas chamado de "Relatório Financeiro da Fifa", no que Blatter disse ser uma demonstração de transparência.
A oposição entrou de sola. "Esse relatório não tem a transparência que diz ter. Eles não me têm dado acesso às finanças da Fifa. Recuso qualquer culpa pelo que esteja nesse relatório", disse Zen-Ruffinen na primeira vez que teve um microfone à frente.
Os números apontam que, incluídas as operações financeiras realizadas pela entidade, houve uma perda de US$ 85 milhões.
Para a oposição, as projeções indicam que a falência poderá ser decretada, segundo as normas da Suíça, onde está a sede.
"A Fifa não é uma companhia, mas uma associação pela lei suíça. Só que a lei para associações de lá vale para pequenas entidades, nunca para organizações multibilionárias como a Fifa", escreveu em carta aberta David Will, que pilotava a auditoria interna encerrada por Blatter.
"E uma companhia na Suíça com esse resultado é legalmente passível de insolvência", definiu.
Blatter tratou de rebater ontem: "Somos uma associação pela lei suíça. Não é necessário equilíbrio ano a ano". (RD)


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