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Economia é barreira para fim de cisão
DO ENVIADO A SEUL
As pedras no caminho da reunificação coreana são enormes.
Maiores até do que as que houve
no caso da Alemanha, o paralelo
mais direto para a península.
A população da Alemanha Ocidental, por exemplo, era quatro
vezes maior que a da Oriental. No
caso coreano, a relação é de dois
para um a favor do sul. Além disso, a distância entre as duas economias alemãs jamais foi tão
grande como a da região asiática.
Segundo relato da agência
"France Presse", os norte-coreanos nem poderão ver a Copa ao
vivo por causa da falta recorrente
de energia elétrica no país.
Os celulares, vedete do estilo de
vida sul-coreano, ainda nem existem no lado norte -o serviço deve começar só em outubro.
A principal diferença em relação à Alemanha reside no fato de
que os dois países asiáticos tiveram um intenso conflito entre si.
"Como consequência, ao contrário da Alemanha, o intercâmbio de pessoas e bens entre os países permaneceu em nível mínimo
durante anos", afirma Kim Hong-jae, porta-voz do Ministério da
Unificação da Coréia do Sul.
Para implodir a fronteira mais
bem guardada do mundo, falta
ainda muito xadrez político.
Entidades reclamam de violações aos direitos humanos na Coréia do Norte e tentam convencer
embaixadas no país e nos vizinhos a aceitarem refugiados -
atitude que a própria Coréia do
Sul promete começar a fazer.
Será necessário ainda acordo
sobre pontos fundamentais, como a natureza do novo Estado. A
Coréia do Norte não garante adotar um sistema democrático e
uma economia capitalista.
O comando do lado sul aposta
suas últimas fichas -há eleição
presidencial no final do ano. Na
última semana, anunciou que não
divulgará mais um relatório que
afrontaria os norte-coreanos.
É uma tentativa desesperada de
salvar a chamada "Sunshine Policy", que, em outros tempos, valeu o prêmio Nobel da Paz ao presidente Kim Dae-jung.
(RD)
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