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São Paulo, quinta-feira, 29 de maio de 2003

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FUTEBOL

Mil coisas

SONINHA
COLUNISTA DA FOLHA

O desempenho de Rojas à frente do São Paulo é bom: seis jogos sem perder (sendo três vitórias). Tostão já destacou as mudanças implantadas por ele na forma do São Paulo jogar de fato, se não tivesse Reinaldo, ausente nos últimos jogos, Oswaldo de Oliveira provavelmente escalaria outro atacante (Kléber?) no seu lugar, mantendo Kaká atrás dele e de Luis Fabiano. Não sei se seria melhor ou pior, "apenas diferente", como dizem. Mas uma coisa eu sei: se o São Paulo tivesse sido eliminado da Copa do Brasil pelo Goiás ainda com Oswaldo no comando, ah, a vida dele ficaria um inferno...
 
Desde o começo do torneio, muitos dizem que "sem Alex, o Cruzeiro é um time comum" e que bastaria o meia cair de rendimento ou desfalcar a equipe para o atual líder tropeçar. Como se confirmasse a profecia, o Vitória interrompeu a longa invencibilidade dos mineiros (36 jogos) no dia em que Alex não entrou em campo.
Alex tem sido apontado como um dos melhores jogadores do Brasileiro, se não o melhor. Criativo como sempre, técnico e habilidoso, ele está cada vez mais eficaz. Estranho seria se o time não sentisse a sua ausência! Mas a falta dele não é suficiente para nivelar o Cruzeiro com os demais. O problema é que, depois de repetir muitas vezes a mesma formação, Luxemburgo vem sendo obrigado, por contusões e suspensões, a mexer seguidamente na equipe. É claro que o conjunto sente. Individualmente, algumas quedas de rendimento são normais.
O time celeste pode até ser mais "vencível" de agora em diante, mas isso não invalida os elogios que recebeu. Se tropeçar de novo, os detratores vão dizer: "Cadê o melhor time do Brasil?". Até aqui, foi.
 
E o que tem de fraturas o Atlético-MG? Braço, nariz, tíbia, clavícula... A última foi de Velloso, em choque com Scheidt no jogo contra o Flu. Assim fica difícil.
 
Eduardo Costa virou símbolo do "futebol brucutu" em um momento muito ruim da seleção brasileira. Pegá-lo para cristo foi injusto (como costuma ser), mas a desconfiança da torcida é compreensível. Quem sabe como ele está no Bordeaux? E o Parreira, que não escondeu outros nomes que têm sua preferência, anunciou o dele de surpresa e não quis explicar muito.
Em benefício do garoto (20 anos!), diga-se que foi titular nos 32 jogos que disputou na temporada 2002/2003, sem ser substituído em nenhum; na França, é considerado um jogador "técnico" e "com visão de jogo". Ele participou da conquista da Copa da Liga em 2002, que valeu vaga para a Copa da Uefa, e já foi campeão do mundo com a seleção sub-17. Talvez mereça outra chance...
Mas eu lamento a não-convocação do Juninho Pernambucano! (Também podia ser no lugar do Emerson).

Monolíticos
"O Flamengo é favorável ao diálogo como forma de entendimento, mas também acha que é importante que os clubes procurem agir de forma monolítica. Nesse sentido, o Flamengo esteve presente, embora com uma posição de que se deveria buscar o entendimento (...). Mas o Flamengo sempre estará solidário com seus co-irmãos, embora guardando sua posição. Inclusive, uma decisão como aquela não teria nenhum valor efetivo, porque deveria ter sido objeto de uma assembléia (...), e aí, uma vez votada, poderia ser adotada pelos clubes como um todo. Se o Flamengo tivesse sido voto vencido, adotaria essa posição, ainda que discordasse dela". Foi o que disse o Helinho em seu tucanês. Melhor não entender, Tostão!

E-mail
soninha.folha@uol.com.br


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