DO ENVIADO A HOCKENHEIM

Michael Schumacher deu ontem mais uma prova de força dentro da escuderia Ferrari e de receio quanto à sua atual situação no Mundial de Pilotos da F-1.
O alemão vetou o uso do nova versão do 049B, o motor ferrarista, com potência de 830 cavalos.
Preocupado quanto à resistência do propulsor, "recomendou" aos técnicos a utilização da versão antiga, com dez cavalos a menos, mas que já se mostrou confiável nos testes em pista.
"Vamos usar aqui o mesmo motor que tivemos na França e na Áustria", declarou, referindo-se às duas últimas provas.
O alemão descartou até mesmo o uso da nova máquina no treino oficial, normalmente usado pelas equipes para testar novidades em seus motores -limitada a apenas 12 voltas por piloto, a sessão exige menos dos equipamentos.
O novo motor era um dos trunfos preparados pela Ferrari para recuperar em Hockenheim o espaço perdido para os rivais da McLaren nas últimas etapas.
A equipe italiana ainda trouxe para a Alemanha uma nova configuração aerodinâmica e um novo software para gerenciamento de componentes do carro. Essas inovações estrearam ontem.
Coincidência favorável a Schumacher, as chuvas na região do autódromo devem anular hoje a vantagem de potência dos motores Mercedes, da McLaren.
A opção pela segurança evidencia a preocupação de Schumacher (56 pontos) quanto à aproximação cada vez maior de David Coulthard (50) e de Mika Hakkinen (48) no Mundial.
Apesar de já ter enfrentado uma quebra com o motor, na França, no mês passado, o ferrarista diz ter total confiança na atual versão.
Ontem, Rubens Barrichello desconversou sobre a não-utilização do novo motor. "Pelo que sei, não tem nada em vista para amanhã (hoje)", afirmou. "O pacote aerodinâmico foi aprovado."
Segundo a Ferrari, devem ser lançadas poucas evoluções do motor neste ano. Um propulsor novo, o 049C, só deve estrear no GP da Itália, em setembro. (FSX)

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