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BOXE
Briga de rua em pay-per-view
EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL
As brigas de rua de "Iron"
Mike Tyson são legendárias.
E, agora, via pay-per-view, o
público poderá ter acesso às próximas. Ou ao que, esportivamente, mais se aproximaria delas.
É que o ex-campeão assinou
contrato com a empresa que promove o K-1, modalidade que permite socos, chutes e joelhadas no
corpo inteiro. As mãos são protegidas por luvas e os atletas lutam
descalços dentro de um ringue.
Mais, o K-1 passa a organizar a
partir do próximo mês, como parte de suas programações, combates de vale-tudo, modalidade que
combina as regras do K-1 com as
lutas no chão (jiu-jitsu, judô etc.).
O contrato de "Iron" Mike (cuja
situação financeira atualmente
não é das melhores) com o K-1
contempla três modalidades de
luta: os combates dentro do regulamento do K-1, o vale-tudo e o
pugilismo (o K-1, entretanto, não
pode interferir nos contratos de
seus combates de boxe nos EUA).
Os promotores crêem que a
imagem de "bad boy" cultivada
por Tyson ao longo de sua carreira será um dos fatores decisivos
para atrair a atenção do público.
"Desde as brigas de rua de
Tyson, a mordida na orelha de
[Evander] Holyfield, todos queriam vê-lo em uma luta na qual
as regras permitam que ele derrube o outro cara, chutá-lo no chão
etc.", afirma Sergio Batarelli, representante do K-1 no Brasil.
Quem poderia esquecer a briga
de rua de Tyson com o ex-adversário Mitch "Blood" Green?
No ringue, "Iron" Mike havia
superado Green apenas por pontos. À época de sua briga de rua
com Green, jornais brincaram
que Tyson o vencera de novo por
pontos. Todos no rosto de Green.
Ainda houve o episódio no qual
Tyson agrediu um funcionário de
um estacionamento que tentou
evitar que molestasse uma colega.
O caso no qual agrediu dois motoristas idosos durante briga de
trânsito. Entre inúmeros outros.
Por conta disso, a publicação
"The Ring" disse uma vez que
mesmo que os rivais de Tyson entrassem com facas ou canos de
ferro no ringue, poderiam perder,
por causa da experiência que
Tyson tinha em brigas de rua.
Mas voltando à nova atividade
de Tyson, este tem presença prevista na programação do K-1 Japão de setembro (de onde sai o representante japonês para o World
Grand Prix), embora não seja para participar de luta no evento.
Os organizadores do K-1 (cujas
transmissões são em pay-per-view) estão relutantes em divulgar mais detalhes sobre a estréia
do ex-campeão dos pesados.
"Ainda é muito cedo para dar
mais detalhes, há muita coisa em
negociação", justifica Batarelli.
Porém o papel que o ex-campeão mundial dos pesados desempenhará na programação de setembro transcenderá o de mero
espectador e servirá para promover a sua estréia, programada para o fim do ano, em dezembro, no
evento conhecido como "New
Year's Eve", esta coluna apurou
junto a fontes ligadas ao K-1.
Na lista de candidatos a pegar
"Iron" Mike, um dos mais fortes é
o grandalhão norte-americano
Bob Sapp (1,90 m e 160 kg), que já
foi adversário do brasileiro Rodrigo Nogueira, o Minotauro.
Férias
Popó ganhou "férias" longas, depois do combate com Jorge Barrios.
A previsão é de que retorne aos ringues apenas em 3 de janeiro.
Volta ao trabalho
Tido como uma estrela em ascensão até ser nocauteado pelo sul-africano Corrie Sanders, o peso-pesado Wladimir Klitshko pega o argentino Fabio Moli amanhã, em luta de recuperação. Questionei, durante teleconferência esta semana, o que Moli, que uma hora está fora do boxe e na próxima está dentro, acrescentaria à sua carreira.
"Você não pode subestimar ninguém, veja o caso de Sanders antes de
nossa luta [Sanders esteve inativo entre novembro de 2001 e novembro de 2002]. E não queria ficar fora do ringue até a revanche com
Sanders [que deve ocorrer no fim do ano]", justificou o ucraniano.
E-mail eohata@folhasp.com.br
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