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FUTEBOL
Time tenta encerrar série de 3 reveses como mandante diante de um São Caetano acostumado a bagunçar casas rivais
Palmeiras pega pior hóspede na pior hora
MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL
"Sabemos que o São Caetano é
sempre um time difícil, mas vamos jogar em casa, e, com o apoio
da nossa torcida, o Palmeiras tem
uma vantagem boa para fazer
uma boa partida."
Destaque dos 5 a 2 sobre o Vasco no último domingo, o meia Pedrinho tem razões para estar otimista em relação ao jogo de hoje,
às 20h30, no Parque Antarctica. A
verdade, porém, é que atuar em
casa não é garantia de bom jogo
para o time há 50 dias.
A última vitória caseira do time,
que é o sétimo no torneio, foi no
dia 10 de agosto, sobre o Internacional, por 3 a 1. Nos últimos três
jogos como mandante, o Palmeiras naufragou. Perdeu para o Santos, no Pacaembu, para o Cruzeiro, no Parque Antarctica, e para o
Corinthians, no Morumbi.
É. Mas como Pedrinho dizia, o
Palmeiras sabe que o São Caetano
é um time difícil, e isso não é apenas um clichê. Na verdade, o histórico do atual terceiro lugar do
Brasileiro faz dele o pior adversário para quem tenta enfim fazer as
pazes com a vitória em casa.
Tome os números e veja se o
problema de Pedrinho não é um
pouco pior do que parece. O São
Caetano é a equipe com segundo
melhor rendimento fora de casa
neste Brasileiro. São 52,1% de
aproveitamento (7 vitórias e 4
empates em 16 jogos). Curiosamente, só o Palmeiras é melhor
que o time azul, com 52,9% de
aproveitamento, mas com um jogo a mais fora de casa.
Além disso, o São Caetano defende hoje uma série invicta de
cinco jogos em estádios rivais. O
time do ABC derrotou o líder Santos, Vitória, Criciúma e Vasco e
empatou com o Juventude.
A última visita malsucedida do
time de Péricles Chamusca foi no
Pacaembu, quando perdeu para o
Corinthians por 2 a 0 no dia 1º de
agosto. De lá para cá, são 58 dias
bagunçando a casa dos outros.
E por último, mas ainda importante, o São Caetano, que venceu
seus últimos cinco jogos (Coritiba, Grêmio, Vasco, Figueirense e
Criciúma), tem a melhor defesa
deste Brasileiro, com 26 gols.
Para Estevam Soares, o técnico
palmeirense, a partida será decidida na base da paciência.
"Não é porque estamos em casa
que podemos atacar de qualquer
maneira ou querer vencer em cinco minutos", disse Estevam, ressaltando a base bem montada do
rival. "Temos que jogar bem, ser
aplicados e ter controle emocional para vencer", acrescentou.
A goleada em São Januário não
deixou o treinador totalmente satisfeito, e ele tentou precaver seu
time contra os defeitos apresentados no último domingo.
O técnico chamou a atenção de
sua equipe para o gol de escanteio
sofrido contra o Vasco e pediu
que não fossem feitas faltas próximas à área, sejam elas frontais ou
laterais. Além das boas cobranças
do lateral Ânderson Lima, Estevam teme as cabeçadas do centroavante Fabrício Carvalho, que
fez o gol da vitória por a 1 a 0 sobre
o Coritiba no fim de semana.
Para Estevam, o Palmeiras pode
sonhar alto, mas não jogar sonhando. "Ainda dá para lutar pelo
título ou pela vaga na Libertadores, mas não temos que pensar
nisso agora. Se almejamos algo
maior, não podemos errar mais."
Do lado do São Caetano, o atacante Euller e o zagueiro Dininho,
machucados, são dúvida para a
partida, e o volante Mineiro está
suspenso. O técnico Chamusca
não quer que o "time difícil" facilite e soltou o clichê, afirmando
ontem que "respeita o adversário,
mas vai buscar a vitória".
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