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FUTEBOL
Família dos irmãos Sócrates e Raí já procura investidores para tentar alavancar a equipe de Ribeirão Preto
"Clã Oliveira" quer assumir o Botafogo-SP
FÁBIO SOARES
DAS REGIONAIS
Definitivamente fora dos gramados após a aposentadoria de
Raí, o "clã" dos Oliveira já tem
projeto para voltar às origens e assumir a coordenação de futebol
do Botafogo de Ribeirão Preto,
clube em que Sócrates iniciou sua
carreira profissional.
A idéia ainda carece de um parceiro disposto a investir, mas já foi
discutida com o atual presidente
do clube, Ricardo Cristiano Ribeiro, que demonstrou interesse na
proposta. "Quem não gostaria de
ter o Raí como parceiro."
Sócrates seria o cabeça, responsável pela escolha de toda a comissão técnica e por determinar
as diretrizes econômicas do clube.
O caçula Raí, também lançado pelo Botafogo, trabalharia como relações-públicas, encarregando-se
de levar o nome do clube ao exterior. O jogador defendeu o Paris
Saint-Germain de 1993 a 1998.
O irmão Sóstenes e o filho de
Sócrates, Gustavo, também estão
engajados. Gustavo estuda direito
esportivo, e o médico Sócrates
cursa há seis administração esportiva na FGV (Fundação Getúlio Vargas). "Já estamos nos preparando", disse Sócrates.
O presidente do clube e Sócrates
concordam, no entanto, que a
atual situação do futebol brasileiro é pouco sedutora a investidores. "Precisaríamos de mudanças
na legislação esportiva. Do jeito
que as coisas estão é complicado",
comentou Sócrates.
O projeto inclui uma mudança
na relação entre clube e torcedor.
Uma das propostas é reformular
o projeto arquitetônico do estádio
Santa Cruz, visando receber melhor o que Sócrates classificou de
"consumidores". "Hoje, no país,
só o Atlético (do Paraná) oferece
boas condições aos torcedores."
Os projetos mercadológicos do
clube seriam adequados, segundo
Sócrates, à área de atuação do
parceiro. "Pode ser do ramo financeiro, imobiliário, varejo."
Apesar de considerar o plano
embrionário, o presidente do Botafogo vê necessidade de mudanças. "Estou disposto a discutir
propostas. Hoje meia dúzia de
clubes ganham dinheiro no futebol em detrimento dos outros."
Se concretizada a parceria, seria
a segunda tentativa de profissionalização do departamento de futebol do Botafogo. Em janeiro
deste ano terminou a gestão empresarial coordenada por José
Carlos Brunoro, marcando o fim
da parceria do clube com o consórcio Futinveste.
Quando chegou ao Botafogo,
em 1998, Brunoro era reconhecido como uma espécie de "guru"
da profissionalização dos departamentos de futebol, credenciado
por sua gestão como diretor da vitoriosa parceria entre o Palmeiras
e a multinacional Parmalat.
Hoje, o Botafogo está em crise.
Foi eliminado pelo Paysandu, no
último dia 19, do Módulo Amarelo da Copa João Havelange.
A média de público durante a
competição ficou abaixo dos mil
torcedores. O clube diz que teve
prejuízos com o torneio.
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