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PERSONAGEM
Piloto desmente o desejo de se transferir à F-1
DA ENVIADA A FONTANA
À véspera da corrida que pode lhe garantir o campeonato, o
brasileiro Gil de Ferran diz que
está satisfeito na Indy e confessa que já não tem mais o desejo
de transferir-se para a F-1.
Piloto "moldado" para a categoria mais importante do automobilismo, Ferran sempre disputou competições na Europa,
entre elas a F-3000, a principal
categoria de acesso.
O brasileiro, que chegou a fazer um teste na Jordan, ao lado
do irlandês Eddie Irvine, e não
foi aprovado, diz que hoje não
se importa com a questão.
Seu objetivo agora é conquistar o título da Indy. "Nem penso nisso. Hoje estou realmente
muito, muito contente na
Penske e não tenho intenção de
sair daqui."
(TC)
Folha - O que a conquista do título deste ano representaria para você e para o Brasil?
Gil de Ferran - Vejo esse título
como um dos mais importantes do automobilismo mundial.
É um dos que têm mais prestígio. Você, para ser campeão
nesta categoria, precisa ser um
piloto muito versátil, além de
ter que aprender a pilotar em
tipos muito diferentes de pista.
Além disso, os carros são mais
velozes e mais difíceis de serem
guiados. O prestígio de vencer
um título desses, para mim, é
muito importante.
Folha - Como você se sente à
véspera da decisão?
Ferran - Para falar a verdade,
estou procurando esquecer todo esse aspecto emocional que
existe na minha cabeça, com
relação ao Brasil, aos meus
amigos, à minha família e a
mim mesmo. Isso tudo tende a
me deixar muito emotivo. Estou tentando ser o mais frio
possível na véspera da decisão.
Folha - Você acha que vencendo o campeonato, as portas da F-1 se abririam para você?
Ferran - Estou muito contente
na minha equipe. Para mim a
Penske é uma das melhores
equipes de corrida do mundo,
tem uma tremenda história
não só no automobilismo norte-americano, mas de uma maneira geral. Além disso, tenho
um contrato de longo prazo
(por mais duas temporadas) e
não tenho a menor intenção de
deixar a categoria.
Folha - Você acha que o fato de
a Penske ter parado de usar seu
próprio chassi contribuiu para a
melhora do time?
Ferran - Acho que outros fatores também contribuíram. O
Reynard com certeza é um
bom chassi, mas o fato de a
Honda também ter entrado
ajudou. Na organização, a
equipe não mudou muito, só as
ferramentas é que mudaram
um pouco. De qualquer forma,
foi uma decisão acertada.
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