São Paulo, quinta-feira, 29 de novembro de 2001

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AUTOMOBILISMO

Executivo da Fiat é presidente do grupo

Montadoras cumprem ameaça e formalizam F-1 paralela em 2008

DA REPORTAGEM LOCAL

A oposição das montadoras de automóveis ao atual comando da F-1 já começa a ganhar forma.
Cinco das principais empresas envolvidas na categoria formalizaram em Genebra, na Suíça, a criação da GPWC Holding B.V., que terá o objetivo de elaborar um campeonato paralelo ao Mundial.
A administração da holding caberá a Paolo Cantarella, principal executivo da Fiat, que é dona da Ferrari. Seus parceiros são homens de peso no mercado: Jurgen Hubbert, da DaimlerChrysler (dona da McLaren), Patrick Faure, da Renault, Wolfgang Reitzler, da Ford (Jaguar) e Burkhard Goeschel, da BMW (Williams).
A GPWC, sigla de "Grand Prix World Championship" ou Campeonato Mundial de Grandes Prêmios, é a saída encontrada pelas montadoras para aumentar sua fatia nos lucros da categoria.
Atualmente, a divisão de todo o dinheiro que entra na F-1 é feita pela SLEC, criada por Bernie Ecclestone e vendida neste ano para Leo Kirch, do grupo KirchMedia.
"O projeto visa canalizar toda a receita gerada com os GPs para as equipes", diz o comunicado emitido pelas montadoras, que começaram a tratar do assunto em março. "Queremos, antes de tudo, beneficiar os participantes da categoria. Com transparência."
A declaração é uma clara provocação a Ecclestone, que, chefiando a F-1, se tornou um dos homens mais ricos do Reino Unido.
Se realmente sair do papel, em 2008, quando acaba o contrato que prende as equipes à SLEC, o campeonato "puxará" todas as equipes ligadas às montadoras.
Apenas duas fábricas ainda não deram resposta: Honda e Toyota.


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