São Paulo, terça, 29 de dezembro de 1998

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Brasileiros aprovam as novas medidas

da Reportagem Local

Os brasileiros consideram boas, em princípio, as mudanças nas regras do basquete mundial que devem ser aprovadas no primeiro semestre de 1999, tornando os jogos mais parecidos com os da NBA.
Atletas e treinadores ressaltaram que as partidas ficarão mais dinâmicas e atraentes para o público.
"O menor tempo de posse de bola (para o arremesso) torna o jogo mais dinâmico, apesar de que no Brasil vai mudar pouco. O jogo já é rápido, diferentemente da Europa, e dificilmente alguém estoura o tempo com a posse de bola", comenta Antonio Carlos Barbosa, técnico da seleção feminina.
"Com a aceleração, haverá mais jogadas, a defesa será mais intensa, com mais tocos. Vai acabar com o lengalenga de alguns times", aposta Paulinho Villas-Boas, ala que foi o herói do Mackenzie-Microcamp no Paulista-98 -fez a cesta decisiva do último jogo, diante da Valtra/Mogi.
Ele também diz acreditar que as regras da liga profissional norte-americana são o modelo a ser seguido. "Tem mesmo que imitar a NBA, onde estão os melhores", afirma.
O técnico Nilo Guimarães, vice-campeão paulista pela Valtra, diz que "a NBA é uma situação à parte, é outro nível, com jogadores tops mesmo", e, apesar de otimista, prefere ver as mudanças na prática antes de uma opinião definitiva. "As mudanças no vôlei, por exemplo, com um jogador só para defender, deixaram o esporte sem graça", declarou ele.
Mas Barbosa, com a filosofia do "tudo tem que se tentar", não tem receio das medidas.
"Diziam que o futebol era perfeito porque não mudava. Mas mudou para melhor. Os três pontos na tabela acabaram com as retrancas, o goleiro não poder pegar com a mão acabou com a cera, e a punição ao carrinho por trás coibiu a violência", afirmou o técnico brasileiro.



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