São Paulo, quarta-feira, 30 de abril de 2008

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Imprensa diz ser vítima de ameaças

RAUL JUSTE LORES
DE PEQUIM

O Clube dos Correspondentes Estrangeiros da China vai lançar hoje carta em que denuncia censura e dificuldades de trabalho da imprensa no país. Mais de 30 mil jornalistas são esperados para os Jogos.
Na carta, a associação diz que dez correspondentes foram ameaçados de morte na China desde que campanha nacionalista, com grande espaço na mídia estatal, afirma que a imprensa ocidental é preconceituosa com o país.
Uma jornalista chinesa do americano "Washington Post" foi agredida por manifestantes.
Desde 14 de março, pelo menos 50 profissionais foram impedidos de entrar no Tibete e até em outras Províncias com grande população tibetana, como Gansu e Sichuan.
Alguns foram acordados por policiais nos hotéis onde estavam e tiveram de abandonar a região. Houve bloqueio a jornalistas e intérpretes em estradas.
Pela nova lei de imprensa chinesa, a imprensa estrangeira deveria ter acesso a todas as regiões do país entre janeiro de 2007 e setembro de 2008.
Os jornalistas também acusam o governo de tratar os Jogos com "secretismo". Acesso a porta-vozes e a atletas continua cheio de obstáculos, diz a nota.
"Esportistas chineses nunca estão disponíveis para a imprensa estrangeira, e os centros de treinamento são fechados", declarou à Folha um dos diretores da entidade, Francesco Liello, correspondente do jornal italiano "La Gazetta dello Sport", há três anos na China.


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