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Imprensa diz ser vítima de ameaças
RAUL JUSTE LORES
DE PEQUIM
O Clube dos Correspondentes Estrangeiros da
China vai lançar hoje carta
em que denuncia censura
e dificuldades de trabalho
da imprensa no país. Mais
de 30 mil jornalistas são
esperados para os Jogos.
Na carta, a associação
diz que dez correspondentes foram ameaçados de
morte na China desde que
campanha nacionalista,
com grande espaço na mídia estatal, afirma que a
imprensa ocidental é preconceituosa com o país.
Uma jornalista chinesa
do americano "Washington Post" foi agredida por
manifestantes.
Desde 14 de março, pelo
menos 50 profissionais foram impedidos de entrar
no Tibete e até em outras
Províncias com grande população tibetana, como
Gansu e Sichuan.
Alguns foram acordados
por policiais nos hotéis
onde estavam e tiveram de
abandonar a região. Houve bloqueio a jornalistas e
intérpretes em estradas.
Pela nova lei de imprensa chinesa, a imprensa estrangeira deveria ter acesso a todas as regiões do
país entre janeiro de 2007
e setembro de 2008.
Os jornalistas também
acusam o governo de tratar os Jogos com "secretismo". Acesso a porta-vozes
e a atletas continua cheio
de obstáculos, diz a nota.
"Esportistas chineses
nunca estão disponíveis
para a imprensa estrangeira, e os centros de treinamento são fechados", declarou à Folha um dos diretores da entidade, Francesco Liello, correspondente do jornal italiano
"La Gazetta dello Sport",
há três anos na China.
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