São Paulo, quinta-feira, 30 de maio de 2002

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BRASIL

Quatro jogadores passaram por teste no hotel da equipe; resultado sai antes da estréia

Seleção passa por 1º exame antidoping surpresa em Copas

DOS ENVIADOS A ULSAN

O primeiro antidoping surpresa da história da seleção brasileira em Copas inibiu os jogadores e obrigou o atacante Ronaldinho, uma das principais estrelas do time, a beber mais de um litro de água e suco e aguardar duas horas e meia para conseguir urinar.
O exame foi realizado no hotel Hyundai, em Ulsan e teve início anteontem às 20h (manhã de ontem no Brasil). A partir deste Mundial, a entidade máxima do futebol fará regularmente exames-surpresa para diminuir o número de casos de doping.
Além de Ronaldinho, foram escolhidos no sorteio o goleiro Rogério, o volante Vampeta e o meia-atacante Rivaldo.
O resultado dos exames deve sair até a estréia do time na Copa, na segunda, contra a Turquia.
O documento será enviado à CBF e, se nenhum atleta for reprovado, trará mensagem de parabéns. Em caso de exame positivo, o atleta pode ser banido da Copa.
O tema doping vem sendo alvo de preocupação da comissão técnica desde o embarque do time rumo ao Mundial. Antes de chegar à Coréia, a seleção passou pela Espanha e pela Malásia.
Em Barcelona, os médicos José Luiz Runco e Serafim Borges fizeram uma blitz nas "necessaires" dos atletas em busca de medicamentos que pudessem ser enquadrados como doping. A preocupação é com relação a colírios e descongestionantes nasais, que contêm vasoconstritores, que trazem efedrina e pseudoefedrina, apontadas como dopantes.
Os médicos também proibiram a automedicação dos atletas. "Eles não tomam nada sem autorização", afirmou Borges.
Essa não é a primeira vez que a Fifa realiza testes-surpresa na seleção. Em Lisboa, antes do amistoso contra Portugal, em abril, outros atletas foram testados.
A paranóia da Fifa em torno do assunto trará outra novidade: exame de sangue. O Brasil deve ser alvo desse tipo de teste após o jogo de estréia na competição. Nunca, na história da seleção, um atleta foi pêgo com sustâncias irregulares em Copas. (FÁBIO VICTOR, FERNANDO MELLO, JOSÉ ALBERTO BOMBIG E SÉRGIO RANGEL)


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