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MEMÓRIA
Coqueluche nos 90, creatina é riscada do mapa em 2002
DOS ENVIADOS A ULSAN
Coqueluche dos atletas brasileiros na década de 90, a creatina, uma substância sintetizada
no organismo, foi riscada do caderno dos médicos e preparadores físicos da seleção em 2002.
"Em medicina, sempre é preciso pesar riscos e benefícios. No
caso da creatina, entendemos
que os riscos não compensam
eventuais benefícios", disse Serafim Borges, um dos três médicos do time na Coréia do Sul.
Borges, que trabalha no Flamengo, apresentou dois trabalhos sobre o tema em um recente congresso. Uma de suas constatações foi que a creatina aumenta a possibilidade de lesões,
pois retém grande quantidade
de água nos músculos.
Sem a substância, os médicos
só estão administrando comprimidos de sais minerais e vitaminas e suplementos líquidos de
aminoácidos para os 23 atletas.
Até a última Copa, a história
era bem diferente. Consumida
em pó ou em tabletes, a creatina
era presença constante no receituários da maioria das seleções.
Com ela, os médicos buscavam auxiliar a recuperação dos
atletas após treinos e jogos, além
de aumentar a massa muscular.
Contribuiu para sua disseminação o aval dado pelo COI (Comitê Olímpico Internacional).
Como a creatina é uma das fontes naturais de energia do corpo,
a entidade decidiu não incluí-la
na lista de substâncias dopantes.
Logo após a Copa de 98, porém, iniciou-se uma "patrulha
ética" à creatina. O estopim foram declarações de Zdenek Zeman, técnico da Roma. Para ele,
os atacantes Del Piero e Vialli só
estariam fortes por estarem tomando altas doses do produto.
(FV, FM, JAB E SR)
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