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Japão enfrenta crise de emprego
DO ENVIADO A YOKOHAMA
O Japão esperava que, com a
Copa, teria um pouco de inflação.
Com o aumento na procura de
produtos e serviços durante o
Mundial, acreditava que os preços
poderiam aumentar, e a economia iniciar um processo, mesmo
que temporário, de revitalização.
A inflação é desejada por economistas ligados ao primeiro-ministro Junichiro Koizumi, que assumiu no ano passado, porque poderia colocar um fim na espiral
deflacionária, cuja resultado é
uma contínua queda dos preços.
A pequena demanda interna
tem prejudicado as empresas, que
conseguem vender menos e acabam reduzindo os preços de seus
produtos ou serviços, mas também o valor dos salários.
É uma reclamação comum no
Japão a diminuição do número de
horas-extras de cada trabalhador,
já que a produção caiu, o que
acarretou uma redução nos rendimentos dos assalariados.
Outros, no entanto, estão preocupados nem tanto com a diminuição no pagamento de bônus e
horas-extras, mas na possibilidade de perda do emprego -no final de 2001, o índice de desemprego no país chegou a 5,6%, recorde
histórico desde os anos 50.
Com salários menores e desemprego crescente, a população tem
menos poder de compra, o que
reduz mais um pouco a demanda
e acaba servindo para realimentar
a espiral deflacionária.
Como não deve receber grande
fluxo de turistas estrangeiros para
a Copa, diferentemente das expectativas iniciais do governo, o
país esforça-se agora para pensar
em outras alternativas para minimizar a crise interna.
(JCA)
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