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São Paulo, sábado, 30 de agosto de 2003
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FUTEBOL Depois de arrumar a defesa do São Paulo, técnico Rojas espera que o meia contribua para deixar time mais eficiente Ricardinho volta hoje para acertar ataque
DA REPORTAGEM LOCAL A volta de Ricardinho, que não joga uma partida oficial desde 27 de julho, dá ao São Paulo a perspectiva de iniciar outra revolução dentro do Campeonato Brasileiro. Depois de arrumar a defesa, o time joga hoje, às 18h, contra o Paysandu, em São José do Rio Preto, preocupado em melhorar seu rendimento ofensivo. Recuperado de uma lesão muscular na coxa esquerda, o jogador retorna aos gramados confiante ("a partir de agora, vocês só ouvirão notícias boas sobre mim", anunciou aos jornalistas) e com a incumbência de abastecer os atacantes Luis Fabiano e Kléber. "Percebi que temos criado muitas chances de gol, mas chegado às redes poucas vezes. É melhor criar menos, mas com mais eficiência", afirmou Ricardinho. Os números do Datafolha atestam a observação do meia. Na comparação com o adversário de hoje, fica clara a maior dificuldade são-paulina em marcar gols. A equipe precisa de, em média, oito finalizações para superar o goleiro adversário. O Paysandu, que tem o mesmo número de gols no torneio (50), marca a cada seis arremates ao gol contrário. "A função do Ricardinho será dar mais qualidade ao passe no meio-campo, além de fazer a bola chegar em melhores condições para a definição dos atacantes", confirmou o técnico Rojas. Sem o meia em campo, o São Paulo amargou seus dois únicos jogos sem fazer gols no Nacional: a derrota para o Inter (2 a 0, no Morumbi) e o empate com o Criciúma (0 a 0, em Ribeirão Preto). Animado, Ricardinho só não pôde garantir que jogará os 90 minutos hoje. "Vou até quando o fôlego aguentar", disse ele, que resolveu bancar um discurso até agora guardado intramuros no clube. "Chegou a hora de assumir publicamente que queremos o título brasileiro, não apenas uma vaga na Libertadores." A partida de hoje ocorre em São José do Rio Preto porque o São Paulo perdeu dois mandos de jogos, punição imposta pelo STJD. O primeiro, já cumprido, foi contra o Criciúma. Primeira revolução Curiosamente, foi o Paysandu quem provocou a primeira revolução na equipe do Morumbi. Goleado por 5 a 2 no campo do rival, ainda durante o primeiro turno, o clube demitiu o técnico Oswaldo de Oliveira. Alçado ao posto após semanas de interinidade, Roberto Rojas priorizou a defesa, considerada até então o ponto frágil. O fiasco em Belém também custou ao lateral Gabriel a interrupção de uma carreira meteórica. Criticado por sua atuação naquela partida, o jogador foi afastado do elenco e hoje treina com a equipe de aspirantes, em Barueri. Com Rojas, a defesa virou quase uma obsessão. Esquemas táticos com três zagueiros e três volantes passaram a ser uma constante, especialmente nos jogos fora de casa. Hoje o time ocupa a nona posição entre os menos vazados do campeonato, mas considera a tarefa cumprida. (ALEC DUARTE) Texto Anterior: Futebol - José Geraldo Couto: Sábado gordo Próximo Texto: O personagem: Imune a trocas, Jean é recordista de presenças Índice |
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