São Paulo, quinta-feira, 30 de agosto de 2007
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a casa caiu São Paulo ignora Parque Antarctica
Time bate Palmeiras, mantém melhor desempenho como visitante no Nacional e abre 8 pontos sobre o vice-líder Cruzeiro
JULYANA TRAVAGLIA RENAN CACIOLI DA REPORTAGEM LOCAL O Palmeiras tirou o clássico do Pacaembu e levou-o ao Parque Antarctica. Justificando-se, tentou vender velhos clichês como "ter o calor da torcida", ou "fazer valer o fator casa". O São Paulo lembrou o rival de que é o visitante mais mortal do Brasileiro. Jorge Wagner, em bela jogada com Dagoberto e Aloísio, reforçou a tese com o gol solitário do clássico. "Nós temos o objetivo de sermos campeões. Não podemos escolher estádio, time. Temos de enfrentar qualquer um", disse o atacante Dagoberto. Palavras que provaram ao oponente que o tiro saiu pela culatra. A equipe do Morumbi também recordou os anfitriões que eles seguem devendo diante de sua torcida. São piores em seus domínios do que fora deles. E, para piorar a situação, perderam um dos craques do time, o meia Valdivia, que saiu lesionado ainda no primeiro tempo. Fechando a noite catastrófica dos palmeirenses, a derrota tirou o embalo de cinco partidas de invencibilidade da equipe. Caso Vasco e Santos vençam seus duelos contra Náutico e Atlético-PR, hoje, o Palmeiras despenca da quarta colocação da tabela e vê mais uma vez seu sonho de permanecer próximo aos líderes ruir. Sonho que, por 15 minutos da partida de ontem, parecia real. Apesar de o técnico Caio Júnior ter optado por mais precaução, com três zagueiros, a equipe conseguia neutralizar a saída de bola do oponente. Valdivia e Edmundo, marcados individualmente por Alex Silva e Miranda, criavam boas jogadas. Na principal delas, aos 9min, Edmundo fugiu de Miranda e pôs Makelele na cara de Rogério. O volante não teve tranqüilidade e chutou em cima do arqueiro adversário. Ponha, agora, um ponto nessa seqüência. Porque, a partir desse lance, o jogo virou de lado, e foi o São Paulo quem parecia atuar em casa, mesmo sob as vaias no Parque Antarctica. Primeiro, a equipe disparou uma série de chutes contra a meta de Diego Cavalieri. Faltas, escanteios -Jorge Wagner quase fez um gol olímpico- e chutes de longa distância. Depois, vieram as tabelas entre Aloísio e Dagoberto, que, invariavelmente, deixavam alguém em condições de finalizar. O centroavante são-paulino, aliás, foi o terror na vida do zagueiro Gustavo, que não conseguia segurar o adversário. "É característica do Aloísio fazer o pivô. Foi uma jogada rápida, que deu certo. Mas ainda falta o segundo tempo", disse Jorge Wagner, autor do gol dos visitantes, aos 40min. O lance, uma rápida troca de passes entre Dagoberto, Jorge Wagner e Aloísio, terminou com o meia na cara de Diego. Um leve toque para deslocá-lo foi o suficiente para afundar as pretensões palmeirenses de virar a etapa inicial em igualdade. Caio Jr. colocou sua equipe no 4-4-2. Tirou Dininho e pôs o meia Caio. Já Muricy Ramalho, que não contará com Alex Silva no próximo duelo -o zagueiro levou o terceiro amarelo ontem-, optou por evitar o vermelho de seu titular e colocou o reserva André Dias. O São Paulo mostrou, então, por que tem a defesa menos vazada da competição. Só foi vencido quando Max, em posição duvidosa, viu seu gol ser anulado por impedimento. No próximo sábado, o líder recebe o Paraná, que empatou com o vice-líder Cruzeiro em 2 a 2. Já o Palmeiras jogará no domingo justamente contra o time mineiro, no Mineirão. Texto Anterior: Painel FC Próximo Texto: STJD entra em campo e pune com rigor Índice |
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