São Paulo, quarta-feira, 30 de outubro de 2002

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AUTOMOBILISMO

Bélgica pode mudar lei para receber corrida

DA REPORTAGEM LOCAL

O governo belga estuda a possibilidade de abrir uma exceção na sua lei antitabagista e, dessa forma, ganhar de volta sua etapa da F-1. A mudança, porém, teria que ser rápida: em meados de dezembro acontece a reunião do Conselho Mundial da FIA, que baterá o martelo sobre o Mundial de 2003.
Anteontem, a entidade máxima do automobilismo anunciou o cancelamento do GP da Bélgica do ano que vem. O motivo foi justamente a recém-aprovada legislação antitabagista daquele país, que proíbe propaganda de cigarros em provas de automobilismo.
Hoje, 5 das 10 equipes são patrocinadas pela indústria do tabaco. E essas empresas não concordaram em disputar mais um GP sem suas marcas. A publicidade de cigarro na F-1 já é proibida na França, na Inglaterra e nos EUA.
Para ser aprovada, essa exceção teria que passar pelo Senado belga -foram os senadores que barraram, no início deste ano, um artigo do então projeto de lei que previa uma brecha para a categoria.
Por enquanto, Bernie Ecclestone, homem-forte da categoria, vem mantendo a pressão sobre o país: "Não há nenhuma chance de a corrida acontecer em 2003. O próximo Mundial terá só 16 GPs".
Mas nada impede que o calendário seja revisto em dezembro. Isso aconteceu nos últimos anos.
Ontem, Michael Schumacher, pentacampeão mundial, lamentou a saída do circuito de Spa-Francorchamps. "Tenho grandes recordações daquela pista", disse.
Foi em Spa, em 1991, que o alemão estreou na categoria. No ano seguinte, obteve lá sua primeira vitória. Hoje, entre outros recordes, é o maior vencedor do GP: foram seis vitórias na Bélgica.



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