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AUTOMOBILISMO
Bélgica pode mudar lei para receber corrida
DA REPORTAGEM LOCAL
O governo belga estuda a possibilidade de abrir uma exceção na
sua lei antitabagista e, dessa forma, ganhar de volta sua etapa da
F-1. A mudança, porém, teria que
ser rápida: em meados de dezembro acontece a reunião do Conselho Mundial da FIA, que baterá o
martelo sobre o Mundial de 2003.
Anteontem, a entidade máxima
do automobilismo anunciou o
cancelamento do GP da Bélgica
do ano que vem. O motivo foi justamente a recém-aprovada legislação antitabagista daquele país,
que proíbe propaganda de cigarros em provas de automobilismo.
Hoje, 5 das 10 equipes são patrocinadas pela indústria do tabaco. E essas empresas não concordaram em disputar mais um GP
sem suas marcas. A publicidade
de cigarro na F-1 já é proibida na
França, na Inglaterra e nos EUA.
Para ser aprovada, essa exceção
teria que passar pelo Senado belga
-foram os senadores que barraram, no início deste ano, um artigo do então projeto de lei que previa uma brecha para a categoria.
Por enquanto, Bernie Ecclestone, homem-forte da categoria,
vem mantendo a pressão sobre o
país: "Não há nenhuma chance de
a corrida acontecer em 2003. O
próximo Mundial terá só 16 GPs".
Mas nada impede que o calendário seja revisto em dezembro.
Isso aconteceu nos últimos anos.
Ontem, Michael Schumacher,
pentacampeão mundial, lamentou a saída do circuito de Spa-Francorchamps. "Tenho grandes
recordações daquela pista", disse.
Foi em Spa, em 1991, que o alemão estreou na categoria. No ano
seguinte, obteve lá sua primeira
vitória. Hoje, entre outros recordes, é o maior vencedor do GP: foram seis vitórias na Bélgica.
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