São Paulo, quarta-feira, 31 de janeiro de 2001

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Carreira mostra rotina de confusões

DA REPORTAGEM LOCAL

Em dez anos de carreira profissional, Júnior Baiano, 30, já foi ameaçado de morte por um árbitro, "nocauteou" pelo menos dois adversários e já provocou a ira de algumas torcidas.
Revelado pelo Flamengo, o zagueiro, capaz de grandes atuações e falhas grotescas, arrumou sua primeira grande confusão na temporada 1995, quando já defendia o São Paulo.
Em um jogo com o Corinthians, Júnior Baiano fez gestos que insinuavam que o juiz Oscar Roberto Godoi estaria embriagado.
Revoltado, Godoi processou o zagueiro. Com a demora na solução do caso na Justiça, o juiz disse no ano passado que deveria ter resolvido o caso "a bala".
Também pelo São Paulo, agrediu com uma sequência "cinematográfica" de socos o meia-atacante Rivaldo, que depois foi seu companheiro na seleção brasileira na Copa da França, em 1998.
Negociado com o Werder Bremen, Júnior Baiano, apesar de um bom início, também marcou sua passagem pelo futebol alemão com uma agressão.
Em um jogo do Campeonato Alemão, deu um soco na nuca de um adversário, em um lance não notado pela arbitragem.
As imagens da TV, entretanto, fizeram com que a federação suspendesse o brasileiro por dez jogos, o que acabou provocando sua volta para o Flamengo.
No clube carioca, teve seguidos atritos com o vascaíno Edmundo e logo foi negociado novamente, dessa vez com o Palmeiras.
Apesar de seu jeito dócil fora de campo, Júnior Baiano continuou arrumando problemas.
Em uma partida contra a Lusa, cujos torcedores o acusavam de ser o culpado pela derrota do Brasil na final da Copa da França, fez gestos obscenos após marcar um gol, provocando a ira da torcida, que tentou invadir os vestiários para agredir o zagueiro.
Com seguidos problemas de contusão e com o desmonte do time patrocinado pela Parmalat, Júnior Baiano foi vendido pelo Palmeiras para o Vasco.
No clube carioca, antes do exame antidoping que constatou cocaína, o zagueiro foi campeão da Copa JH e da Mercosul -mesmo com suas falhas e sua expulsão na final contra o Palmeiras.






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