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BASQUETE
Chicago Bulls, 6 títulos na década, aceita inerte a desmanche enquanto rivais se reforçam para a temporada
Troca-troca antecipa nova era na NBA
da Reportagem Local
Daqui a cinco dias, mesmo com
uma temporada ceifada após um
locaute, a NBA (National Basketball Association) dá a largada para
uma nova era, na qual pelo menos
meia dúzia de equipes entrarão em
cena para tentar suceder o sucesso
do desfigurado Chicago Bulls.
Na primeira "temporada curta"
da história da liga, que se inicia três
meses após o previsto, cada time
disputará 50 jogos (normalmente
são 82) antes dos playoffs. E os
Bulls estão fadados ao fracasso.
Seis vezes campeão nesta década,
o time de Chicago, após a aposentadoria do superastro Michael Jordan no início deste mês, deu início
ao que está chamando de reformulação -na verdade, um desmanche, com a exclusão de titulares e
dos principais reservas.
O desmanche começou com a
saída do treinador hexacampeão
Phil Jackson, logo após a última
conquista, sobre o Utah Jazz.
Pouco depois do fim da greve de
patrões, que perdurou entre 1º de
julho do ano passado e 6 de janeiro
último, Jordan anunciou a aposentadoria. Ultimamente, tem passado o tempo jogando golfe.
Deflagrada a fase do troca-troca
entre os times, há duas semanas,
outros dois titulares deixaram os
Bulls: o ala Scottie Pippen e o pivô
Luc Longley. O reboteiro Dennis
Rodman, afirmando estar farto do
basquete, também sairá.
Completou a debandada Steve
Kerr, especialista no tiro longo.
Com base na análise individual
do novo núcleo de jogadores, especialistas anunciam como negro o
futuro imediato dos Bulls na liga
profissional norte-americana.
O drama começa após a direção
da equipe ter contratado, vendo-o
como o substituto de Michael Jordan, o armador branquelo Brent
Barry, ex-Los Angeles Clippers e
Miami Heat, mais famoso por seu
pai (leia texto ao lado) do que pelas qualidades em quadra.
Seus companheiros serão veteranos inexpressivos, como Andrew
Lang e Mark Bryant, e jovens desconhecidos, como Roy Rogers e
Priest Lauderdale, entre outros.
São vistos como "salvadores da
pátria" o croata Toni Kukoc e o armador Ron Harper, remanescentes da equipe tricampeã de 96 a 98.
Mas como os Bulls só por milagre
se classificarão para os playoffs, as
portas para alcançar o título de
melhor time de basquete do mundo estão abertas, e várias equipes
se mostram fortes candidatas.
Na Conferência Leste, a dos
Bulls, despontam como favoritos
Indiana Pacers e New York Knicks.
Os Pacers, do técnico Larry Bird,
que quase eliminaram os Bulls nos
playoffs da temporada 97/98, contam com a mesma base -um ótimo arremessador, Reggie Miller,
circundado por ótimos coadjuvantes- e ainda se reforçou com o
experiente ala-pivô Sam Perkins
(ex-Seattle Supersonics).
Os Knicks fizeram contratações
de alto impacto -o temperamental armador Latrell Sprewell, o talentoso pivô Marcus Camby e o veterano ala Dennis Scott, excelente
nos três pontos- e seguem com o
alto nível de Patrick Ewing, Larry
Johnson e Allan Houston.
Já na Conferência Oeste, cujos times tradicionalmente imprimem
ritmo bastante veloz, consequentemente oferecendo mais espetáculo aos torcedores nas partidas, o
equilíbrio é mais evidente.
San Antonio Spurs, ancorado
nas "torres gêmeas", os pivôs David Robinson e Tim Duncan,
Houston Rockets, reforçado por
Scottie Pippen, Los Angeles Lakers, de Shaquille O'Neal e Kobe
Bryant (considerado por muitos o
"novo Jordan"), e o bi-vice-campeão Utah Jazz, que segue com a
dupla John Stockton/Karl Malone,
são sólidos concorrentes ao título.
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