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Conmebol muda de novo, e ranking pode desempatar Sul-Americana
MARÍLIA RUIZ
DA REPORTAGEM LOCAL
A Conmebol decidiu minutos
antes da estréia brasileira na Sul-Americana qual será o critério de
desempate na seletiva local se os
times terminarem empatados em
pontos e em saldo de gols na primeira fase: o novo ranking da entidade, publicado ontem, pouco
depois das 18h (de Brasília).
A decisão da entidade foi tomada depois de a Folha ter revelado
que o regulamento do torneio,
aprovado no último dia 15, previa
uma situação bizarra para a seletiva brasileira do torneio, a única
que congrega grupos com três times cada na primeira fase.
Segundo o texto original, que
não havia sido modificado até o
fechamento desta edição, uma
disputa de pênaltis seria a opção
de desempate em casos de igualdade em pontos e em saldo de
gols em todas as fases do torneio.
Por telefone, o porta-voz da
Conmebol, Nestor Benítez, afirmou que o ranking "resolveria o
problema das chaves do Brasil". O
funcionário da entidade minimizou o fato de ainda não ter informado oficialmente aos clubes a
nova regra do campeonato.
"Eles [dirigentes brasileiros]
ainda não sabem, mas eu digo que
vai ser assim. Se tivermos equipes
empatadas em pontos e e em saldo de gols, o ranking que criamos
hoje [ontem] vai decidir o time
classificado para a segunda fase
da Sul-Americana, quando teremos mata-mata", disse Benítez.
Pelo recém-criado critério de
desempate, o Flamengo leva vantagem no Grupo 1 (sobre Santos e
Internacional), o Corinthians, no
2 (sobre Atlético-MG e Fluminense), o São Paulo, no 3 (sobre Grêmio e Vasco), e o Cruzeiro, no 4
(sobre Palmeiras e São Caetano).
Os dirigentes corintianos não
sabiam disso. Antes do jogo de
ontem contra o Atlético, o vice-presidente Antonio Roque Citadini disse que "provavelmente
um sorteio resolveria a falha do
regulamento original". "Eu e o
presidente Dualib almoçamos
com o Eugenio Figueredo, vice da
Conmebol, que nos disse isso."
Criado como "primeira classificação oficial de clubes", o ranking
da Conmebol, que já teve versões
anteriores, foi a causa do inchaço
da competição, que precisou abrigar os brasileiros em grupos com
três equipes.
A Folha mostrou em fevereiro
que o ranking da entidade continha erros grosseiros, que lesavam
Atlético-MG, Palmeiras e Santos.
Com a revelação, os times ameaçaram ir à Justiça, a CBF pressionou, e a Conmebol refez duas vezes o ranking -mantendo erros- e inchou o torneio. Com a
decisão, passaram de oito para 12
os brasileiros na competição que
substitui a extinta Mercosul.
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