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São Paulo, domingo, 31 de agosto de 2003

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Santos não ataca e perde liderança

DA REPORTAGEM LOCAL

O Santos evidenciou ontem em Fortaleza sua maior deficiência, a falta de um matador, e perdeu a liderança do Brasileiro para o Cruzeiro, que também soma 55 pontos, mas tem melhor saldo de gols.
No empate em 0 a 0 contra o time cearense, o segundo pior da Série A, o time de Emerson Leão teve em um zagueiro sua peça ofensiva mais efetiva. Foram em chutes de André Luís, principalmente em cobranças de falta, que o Santos levou mais perigo ao gol de Jefferson.
O jogo no Castelão fez aumentar na cabeça de Leão a dúvida sobre quem utilizar no vácuo deixado com as saídas de Ricardo Oliveira (Sevilha) e Nenê (Mallorca), ainda os dois maiores artilheiros do Santos na competição.
Para piorar a situação, Leão não pôde contar com Robinho, que cumpriu suspensão por ter levado terceiro cartão amarelo na vitória sobre o Flamengo.
Na partida de ontem, o técnico fez de tudo para melhorar o poderio ofensivo da equipe. Trocou os dois atacantes que saíram jogando, apostou nos novatos Jerri e Val Baiano, sacrificou o lateral-direito Reginaldo Araújo na etapa final para pôr William e até avançou Diego para vencer a defesa do Fortaleza. Nada funcionou.
Como se não bastasse a falta de força no ataque, outros jogadores que costumam fazer a diferença a favor dos santistas também estavam em tarde apagada. Elano e Diego mostravam pouca criatividade e não conseguiam abastecer os atacantes, isolados entre os zagueiros cearenses.
A falta de oportunidades de gol ficou maior ainda pelo baixo nível técnico do ataque do Fortaleza. Vinícius, Messias e Rena bem que tentaram, mas não conseguiam levar perigo a Fábio Costa.
A primeira chance real de gol aconteceu apenas aos 30min do primeiro tempo. Em cobrança de falta da intermediária, André Luís acertou o travessão, após "golpe de vista" de Jefferson.
Nove minutos depois, o lance mais polêmico do duelo. Rena reclamou de ter sido puxado por Reginaldo Araújo em cruzamento na área santista. O juiz Carlos Eugênio Simon nada marcou.
No segundo tempo, o panorama não se alterou muito. O Fortaleza, empurrado pela torcida mais assídua do Nacional, arriscava em chutes de fora de área. Em um deles, aos 15min, o lateral Chiquinho também acertou o travessão.
Novamente em cobrança de André Luís, aos 33min, o Santos quase abriu o placar. Jefferson espalmou para escanteio.
No fim, o jogo até então morno, ficou mais corrido. Diego, aos 45min, desperdiçou cara a cara com o goleiro do Fortaleza. Aos 48min, Fábio Costa espalmou chute forte de Rena e garantiu o empate aos paulistas.


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