São Paulo, domingo, 31 de dezembro de 2000

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Jogadores apóiam encerramento

DA SUCURSAL DO RIO

Por motivos diversos, jogadores do Vasco e do São Caetano se mostraram favoráveis ao encerramento do jogo de ontem após parte do alambrado ter desabado aos 23min da primeira etapa.
O atacante Romário disse desconhecer o motivo da partida não ter recomeçado, mas, no seu modo de ver, a decisão tomada foi acertada.
"Ambas as equipe queriam jogar, não sei por que motivo isso não aconteceu, mas, na minha concepção, foi a coisa certa".
Para ele, os times não teriam "condições psicológicas de continuar". "Poderíamos finalizar o ano de forma festiva, infelizmente não aconteceu. Lamento o que aconteceu, mas não acho que teríamos condições psicológicas para continuar."
Antes de saber que o jogo não continuaria, o volante Jorginho havia se manifestado a favor da decisão. "Depende da polícia, mas, a princípio, não acho que tem condições para continuar."
No São Caetano, o motivo para defender a suspensão da partida era a segurança, mas não só do público, e sim dos jogadores da equipe paulista.
"É difícil. Nós ficamos chateados porque somos todos brasileiros e sabemos como é. Por mim, até continuaria a jogar, mas, se o Vasco tem um resultado negativo e a torcida invade, fica ruim para a gente", disse o meia Aílton.
O volante Claudecir usou a mesma justificativa de Romário. "Lamento muito o que aconteceu, mas não tenho condição psicológica de continuar." Porém ele explicou melhor sua afirmação. "Vai que a gente faz um gol aí. Sem o alambrado, não vai ter segurança aí", completou.
O atacante Adhemar concordou. "Os jogadores não tinham condições psicológicas de continuar a jogar. E se o Vasco perde? Quem ia conter a multidão no estádio?. Não dava", disse ele.
Logo após saber da decisão do árbitro, o lateral-direito Japinha deu sua aprovação. "O governador do Estado ligou e disse que não tem segurança. Alguém influente agiu, achei certo."
Os técnicos tinham opiniões diferentes. Jair Picerni, do São Caetano, afirmou que "tem de fazer avaliação antes de colocar tanta gente no estádio." "Eu resolveria isso em dois minutos, simples, não há mais jogo." Joel Santana, do Vasco, disse que era um caso para o departamento jurídico. "Quem resolve agora é o Eurico (Miranda), mas não foi o Vasco que quis isso." (RGO e SR)


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