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Jogadores apóiam encerramento
DA SUCURSAL DO RIO
Por motivos diversos, jogadores do Vasco e do São Caetano se
mostraram favoráveis ao encerramento do jogo de ontem após
parte do alambrado ter desabado
aos 23min da primeira etapa.
O atacante Romário disse desconhecer o motivo da partida não
ter recomeçado, mas, no seu modo de ver, a decisão tomada foi
acertada.
"Ambas as equipe queriam jogar, não sei por que motivo isso
não aconteceu, mas, na minha
concepção, foi a coisa certa".
Para ele, os times não teriam
"condições psicológicas de continuar". "Poderíamos finalizar o
ano de forma festiva, infelizmente
não aconteceu. Lamento o que
aconteceu, mas não acho que teríamos condições psicológicas
para continuar."
Antes de saber que o jogo não
continuaria, o volante Jorginho
havia se manifestado a favor da
decisão. "Depende da polícia,
mas, a princípio, não acho que
tem condições para continuar."
No São Caetano, o motivo para
defender a suspensão da partida
era a segurança, mas não só do
público, e sim dos jogadores da
equipe paulista.
"É difícil. Nós ficamos chateados porque somos todos brasileiros e sabemos como é. Por mim,
até continuaria a jogar, mas, se o
Vasco tem um resultado negativo
e a torcida invade, fica ruim para a
gente", disse o meia Aílton.
O volante Claudecir usou a mesma justificativa de Romário. "Lamento muito o que aconteceu,
mas não tenho condição psicológica de continuar." Porém ele explicou melhor sua afirmação.
"Vai que a gente faz um gol aí.
Sem o alambrado, não vai ter segurança aí", completou.
O atacante Adhemar concordou. "Os jogadores não tinham
condições psicológicas de continuar a jogar. E se o Vasco perde?
Quem ia conter a multidão no estádio?. Não dava", disse ele.
Logo após saber da decisão do
árbitro, o lateral-direito Japinha
deu sua aprovação. "O governador do Estado ligou e disse que
não tem segurança. Alguém influente agiu, achei certo."
Os técnicos tinham opiniões diferentes. Jair Picerni, do São Caetano, afirmou que "tem de fazer
avaliação antes de colocar tanta
gente no estádio." "Eu resolveria
isso em dois minutos, simples,
não há mais jogo." Joel Santana,
do Vasco, disse que era um caso
para o departamento jurídico.
"Quem resolve agora é o Eurico
(Miranda), mas não foi o Vasco
que quis isso."
(RGO e SR)
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