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Equipe paulista revela ameaça
DO ENVIADO AO RIO
E DA SUCURSAL DO RIO
A suspensão da partida final da
Copa João Havelange foi a única
vitória do São Caetano na queda-de-braço que enfrentou com o
Vasco nos dois dias que antecederam ao jogo decisivo de ontem.
Logo após o alambrado romper,
e a torcida invadir o gramado, paralisando a partida, os jogadores e
os dirigentes do clube pediram ao
juiz Oscar Roberto Godoi o cancelamento da partida.
Depois de sair a primeira decisão do árbitro de continuar com o
jogo, mesmo após o acidente, o
presidente do clube paulista, Nairo Ferreira de Souza, declarou que
seu time só voltaria a campo porque fora ameaçado por dirigentes
da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol).
Segundo o presidente do São
Caetano, um dirigente da Conmebol que estava em São Januário
disse a ele que o clube paulista
perderia a vaga na Taça Libertadores de 2001 caso decidisse
abandonar o campo e a partida.
Contrariado, o São Caetano optou por continuar em campo e
não deixar escapar a chance de
disputar a Libertadores.
"Isso é um absurdo. Não é possível continuar um jogo após uma
tragédia dessas", declarou o dirigente. "O São Caetano só volta ao
jogo pois foi ameaçado pelo vice-presidente da Conmebol de ficar
de fora do torneio", completou.
Somente quando o jogo foi cancelado que o clube paulista conseguiu, pela primeira vez nesses últimos dias, o que queria.
Anteontem, a diretoria viu-se
obrigada a cancelar a organização
de uma caravana de 25 ônibus para levar seus torcedores ao Rio depois que o Vasco decidiu não ceder a cota de 1.100 ingressos, como havia sido combinado.
Ontem, ao chegar em São Januário, a diretoria do clube soube
que as 30 entradas destinadas para seus dirigentes não seriam cedidas pelo rival carioca. Assim, a
solução encontrada foi comprar
50 bilhetes de cambistas.
Momentos antes de o jogo começar, mais uma queda-de-braço
entre os dois clubes. Os atletas do
time foram trancados dentro do
vestiário, impedidos de entrar em
campo para fazer o aquecimento.
O cancelamento da decisão, porém, poderá ser prejudicial para o
clube paulista. Seis jogadores terão seus contratos vencidos até
amanhã: Esquerdinha, Adãozinho, Daniel, Serginho, Claudecir
e César. Ontem, o vice-presidente
do clube, Luiz de Paula, dissera
que o vice-campeonato já estava
de bom tamanho.
(FV, RGO e SR)
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