São Paulo, domingo, 31 de dezembro de 2000

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AUTOMOBILISMO
Equipe, campeã da Indy com Ferran, mantém a fórmula de 2000 e planeja competir em Indianápolis
Penske comemora revolução vitoriosa

DA REPORTAGEM LOCAL

O ano 2000 não poderia ter sido melhor para a Penske. Equipe mais tradicional e vitoriosa da Indy, o time de Roger Penske voltou a vencer na categoria e fechou a temporada com a conquista do título do brasileiro Gil de Ferran.
Sem ganhar uma corrida desde maio de 1997, quando o canadense Paul Tracy chegou em primeiro nas 300 Milhas de Saint Louis, a Penske começou a última temporada totalmente reformulada. Foi a maior revolução já feita no time desde sua criação, em 1969.
As mudanças aconteceram em todos os setores da equipe: os fornecedores, os pilotos e até mesmo o presidente do time. Saíram os pneus Goodyear e entraram os Firestone. Após seis temporadas impulsionada pelos motores Mercedes, a Penske passou a contar com os propulsores Honda.
A equipe também parou de usar seu próprio chassi e assinou contrato com a Reynard. Penske também contratou um novo presidente. Tim Cindric, que veio da equipe Rahal, assumiu o posto.
Só faltava uma coisa para a mudança ser completa: trocar também os pilotos. A equipe então dispensou Al Unser Jr. e anunciou a contratação do brasileiro Gil de Ferran e de Greg Moore.
Mas a dupla não chegou nem a ser formada. O canadense, ainda correndo pela Forsythe, morreu nas primeiras voltas das 500 Milhas de Fontana, no final de 1999. Penske então acertou com Hélio de Castro Neves para a vaga que fora aberta em sua equipe.
Estava então formado o "pacote" para tentar acabar com o jejum de seis anos sem títulos na Indy -o último havia sido o de Unser Jr. em 1994- e para buscar a centésima vitória do time.
A estratégia deu certo. Na quinta prova da temporada, as 200 Milhas de Nazareth, Ferran deu ao time a esperada vitória. Daí para a frente foram mais quatro triunfos até o final do ano (um com Ferran e três com Castro Neves).
No final da temporada, Ferran sagrou-se campeão e conquistou o décimo título da história da Penske na Indy, o oitavo desde a criação da Cart (entidade que dirige a Indy), em 1979.
A temporada deste ano foi a mais vitoriosa do time desde 1995, quando a Penske também teve cinco vitórias em um mesmo ano.
A melhor campanha em toda sua história foi obtida na temporada de 1994. A equipe venceu 12 das 16 corridas disputadas na temporada. À época, Emerson Fittipaldi, Unser Jr. e Tracy eram os pilotos da escuderia.
Para 2001, diferentemente do que aconteceu na temporada passada, a equipe não fará mudanças. Os dois pilotos serão mantidos e a única novidade pode ser a disputa das 500 Milhas de Indianápolis, que desde 1996 faz parte do calendário da IRL (Indy Racing League, liga rival da Indy).
A Penske ainda não anunciou oficialmente que correrá na mais tradicional prova do automobilismo mundial, mas tanto Ferran como Castro Neves já fizeram testes no circuito de Indianápolis.
A equipe não disputa a prova desde 1994, quando Unser Jr. venceu e conquistou a décima vitória da Penske nas 500 Milhas de Indianápolis. Em 1995, mesmo com a corrida ainda fazendo parte do calendário da Indy, o time não participou da prova, pois não conseguiu se classificar.
Penske não esconde que um de seus maiores objetivos para 2001, além de se manter no topo e brigar por mais um título na categoria, é voltar a ver seus dois carros participarem das 500 Milhas de Indianápolis. (TATIANA CUNHA)



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