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AUTOMOBILISMO
Equipe, campeã da Indy com Ferran, mantém a fórmula de 2000 e planeja competir em Indianápolis
Penske comemora revolução vitoriosa
DA REPORTAGEM LOCAL
O ano 2000 não poderia ter sido
melhor para a Penske. Equipe
mais tradicional e vitoriosa da
Indy, o time de Roger Penske voltou a vencer na categoria e fechou
a temporada com a conquista do
título do brasileiro Gil de Ferran.
Sem ganhar uma corrida desde
maio de 1997, quando o canadense Paul Tracy chegou em primeiro
nas 300 Milhas de Saint Louis, a
Penske começou a última temporada totalmente reformulada. Foi
a maior revolução já feita no time
desde sua criação, em 1969.
As mudanças aconteceram em
todos os setores da equipe: os fornecedores, os pilotos e até mesmo
o presidente do time. Saíram os
pneus Goodyear e entraram os Firestone. Após seis temporadas
impulsionada pelos motores
Mercedes, a Penske passou a contar com os propulsores Honda.
A equipe também parou de usar
seu próprio chassi e assinou contrato com a Reynard. Penske também contratou um novo presidente. Tim Cindric, que veio da
equipe Rahal, assumiu o posto.
Só faltava uma coisa para a mudança ser completa: trocar também os pilotos. A equipe então
dispensou Al Unser Jr. e anunciou
a contratação do brasileiro Gil de
Ferran e de Greg Moore.
Mas a dupla não chegou nem a
ser formada. O canadense, ainda
correndo pela Forsythe, morreu
nas primeiras voltas das 500 Milhas de Fontana, no final de 1999.
Penske então acertou com Hélio
de Castro Neves para a vaga que
fora aberta em sua equipe.
Estava então formado o "pacote" para tentar acabar com o jejum de seis anos sem títulos na
Indy -o último havia sido o de
Unser Jr. em 1994- e para buscar
a centésima vitória do time.
A estratégia deu certo. Na quinta prova da temporada, as 200 Milhas de Nazareth, Ferran deu ao time a esperada vitória. Daí para a
frente foram mais quatro triunfos
até o final do ano (um com Ferran
e três com Castro Neves).
No final da temporada, Ferran
sagrou-se campeão e conquistou
o décimo título da história da
Penske na Indy, o oitavo desde a
criação da Cart (entidade que dirige a Indy), em 1979.
A temporada deste ano foi a
mais vitoriosa do time desde 1995,
quando a Penske também teve
cinco vitórias em um mesmo ano.
A melhor campanha em toda
sua história foi obtida na temporada de 1994. A equipe venceu 12
das 16 corridas disputadas na
temporada. À época, Emerson
Fittipaldi, Unser Jr. e Tracy eram
os pilotos da escuderia.
Para 2001, diferentemente do
que aconteceu na temporada passada, a equipe não fará mudanças.
Os dois pilotos serão mantidos e a
única novidade pode ser a disputa
das 500 Milhas de Indianápolis,
que desde 1996 faz parte do calendário da IRL (Indy Racing League, liga rival da Indy).
A Penske ainda não anunciou
oficialmente que correrá na mais
tradicional prova do automobilismo mundial, mas tanto Ferran
como Castro Neves já fizeram testes no circuito de Indianápolis.
A equipe não disputa a prova
desde 1994, quando Unser Jr. venceu e conquistou a décima vitória
da Penske nas 500 Milhas de Indianápolis. Em 1995, mesmo com
a corrida ainda fazendo parte do
calendário da Indy, o time não
participou da prova, pois não
conseguiu se classificar.
Penske não esconde que um de
seus maiores objetivos para 2001,
além de se manter no topo e brigar por mais um título na categoria, é voltar a ver seus dois carros
participarem das 500 Milhas de
Indianápolis.
(TATIANA CUNHA)
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