São Paulo, domingo, 31 de dezembro de 2000

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BASQUETE
MELCHIADES FILHO

E o ouro vai para... Janeth, bronze na Olimpíada, tetracampeã na WNBA e campeã no primeiro ano do Estadual do Rio.

Fica com a prata... Shaquille O'Neal, que enfrentou com elegância o descrédito e o preconceito da imprensa e carregou o Los Angeles Lakers ao título na NBA.

Bem longe do pódio: a seleção espanhola de deficientes mentais, que teve cassado o ouro que conquistou na Paraolimpíada quando se constatou que 10 de seus 12 jogadores tinham saúde perfeita.

Acabou: de forma melancólica a carreira de Paula. Em vez de aplausos, sua magia se despediu com o som do aro: um arremesso errado que eliminou seu time.

Começou: A era Hélio Rubens no Rio, com os títulos estadual e nacional. É uma sopa.

Se a CPI chamasse... Gerasime Bozikis para explicar como estendeu até 2005 seu mandato na Confederação Brasileira...

Como eu suspeitava... os EUA levaram o duplo ouro em Sydney (só faço previsões garantidas...).

Quebrei a cara... ao acreditar que a Rússia, e não o Brasil, chegaria ao pódio olímpico no feminino.

Um dia para esquecer: o domingo 10 de dezembro, quando, pela falta de um cronômetro no Maracanãzinho, a semifinal do Estadual acabou cancelada -com jogadores já na quadra e TV ao vivo.

Um dia para lembrar: o sábado 12 de fevereiro, quando Vince Carter provou que voa mais alto e enterra melhor do que Michael Jordan.

O número: 46, o total de atletas nascidos fora dos EUA inscritos na NBA, um recorde. Nunca a América Latina teve tantos representantes: seis. Não há brasileiro.

A frase: "Oscar Schmidt!", do garoto-prodígio Kobe Bryant, ao listar seus ídolos de infância.

A imagem: O pivô norte-americano Alonzo Mourning, ajoelhado, orando para que os lituanos errassem a bola que tiraria o "Dream Team" da luta pelo ouro.

O que levar para o século 21: a política da Argentina de valorizar a categoria de base e incentivar os jovens a se aperfeiçoar no exterior. Nos torneios de elite norte-americano, italiano e espanhol (os mais fortes do planeta), há 25 argentinos -e só um brasileiro.

O que deixar no século 20: Jordan e Oscar, que deveriam preservar suas imagens. O primeiro mostrou-se um cartola desastrado; o segundo faz papel de animador no circo do basquete carioca.


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