São Paulo, domingo, 31 de dezembro de 2000 |
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FUTEBOL NO BRASIL JOSÉ GERALDO COUTO E o ouro vai para... o São Caetano, a grande sensação do ano, por
ter sacudido a mesmice do futebol
brasileiro. Fica com a prata... Romário, que
aos 34 anos de idade, bateu seus
próprios recordes e provou que é
o maior artilheiro em atividade
no mundo. Bem longe do pódio: a seleção
olímpica brasileira e também o
Corinthians, o Atlético-MG e o
Flamengo. Acabou: o abismo entre clubes
ricos e clubes pobres? Começou: o nivelamento por
baixo dos times brasileiros, todos
transformados em entrepostos de
jogadores. Se a CPI chamasse... Joseph Blatter, talvez entendêssemos por que
a Fifa é contra a CPI. Como eu suspeitava... a CBF e o
Clube dos 13 vão ter dificuldade
para definir qual clube entra e
qual clube fica de fora do próximo
Brasileirão. Quebrei a cara: quando previ
que Alex iria arrebentar na Olimpíada de Sydney. Um dia para esquecer: o da morte súbita do Brasil diante de Camarões, que tinha dois jogadores
a menos, nas quartas-de-final dos
Jogos de Sydney (a seleção brasileira perdeu por 2 a 1 e ficou sem a
inédita medalha de ouro). Um dia para lembrar: a vitória espetacular do Brasil sobre a Argentina, no Morumbi, pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2002
(a seleção brasileira venceu por 3
a 1 e quebrou a invencibilidade do
rival na competição). A frase: "Não me lembro", repetida "n" vezes por Wanderley Luxemburgo quando lhe perguntavam sobre suas movimentações
bancárias, na CPI do Futebol. A imagem: o golaço de bicicleta
de Dill, do Goiás, no último minuto da partida contra o Fluminense, em Goiânia. O que levar para o século 21: os
Juninhos, os Ronaldos e os Ricardinhos. O que deixar no século 20: os Mirandas, os Teixeiras e os Havelanges, junto com as viradas de mesa
e as vitórias no tapetão. |
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