da Reportagem Local

"Trabalhar com moda não é tão glamouroso quanto parece", avisa o produtor de moda Thiago Ferraz, 23, há cinco anos na área. "Alguns trabalhos podem ser longos e cansativos", revela. Mesmo assim, ele adora o que faz.
O moço estreou no meio assim que começou a estudar publicidade na PUC-SP. "Logo consegui uma vaga como assistente em um estúdio fotográfico."
Seis meses depois, iniciou um estágio na revista "Vogue", como assistente de produção. "Fiquei um ano e meio, aprendi bastante e conheci várias pessoas", diz.
Depois, Thiago começou a trabalhar por conta própria, o que faz até hoje, fazendo produção de moda para revistas e campanhas publicitárias. Ele fez trabalhos para a Ellus, Shopping Iguatemi, Telefônica e Valisère, entre outros.
"É um mercado muito concorrido, é a competência que determina os que vão se dar bem. Mas há espaço para produtores de estilos diferentes", diz.
Ele mesmo meteu a cara e aprendeu tudo na prática. O curso de publicidade ajudou na concepção de imagens e na relação com as agências.
"Gosto de estar sempre bem informado. Leio com frequência revistas nacionais e internacionais de moda, sites, observo as pessoas nas ruas e escuto muita música."
A duração dos trabalhos varia bastante: pode tanto ser de alguns dias quanto de um mês. O salário tam bém: "Uma campanha publicitária pode render R$ 3.000 ou R$ 300. Depende do cliente, da veiculação e da duração", afirma.
Apesar de ser a área mais rentável, a publicidade não é a preferida do moço. "As revistas dão mais liberdade para criar", afirma o produtor, que também é um dos editores de moda da "Mundo Mix Magazine".
Ele diz que, apesar de variar bastante, a grana dá para viver bem. Além disso, para ele, o mais importante é a satisfação de poder estar fazendo o que gosta. "Isso é muito difícil no Brasil, onde muita gente nem tem emprego", diz.
Entre as vantagens do trabalho, ele cita as pessoas que tem a oportunidade de conhecer e a possibilidade de imprimir a sua marca nos editoriais e nas campanhas. Como requisitos fundamentais para a profissão, Thiago lista responsabilidade e muita disposição: "Tem de se jogar." (AP)


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