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São Paulo, segunda-feira, 01 de dezembro de 2003

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MÚSICA

"Garotozil de Podrezepam" é remédio para a mesmice do hardcore

Mais podres do que nunca

DA REPORTAGEM LOCAL

Ao comemorar 20 anos de carreira, os Garotos Podres vivem uma espécie de presente perpétuo. Em "Garotozil de Podrezepam - 100 mg", lançado agora, Mau (vocal), Mauro (guitarra), Sukata (baixo) e Caverna (bateria) mantêm-se fiéis à sonoridade "oi", simples e direta, cheia de letras engajadas e nada chatas (ao contrário, repletas de ironia), como nos tempos do clássico "Mais Podres do que Nunca", de 1985.
"Sempre fizemos o nosso som, independentemente de mercado, de tudo. Muita banda muda de estilo por causa de modismos. Conosco, aconteceu o contrário: já mudamos um pouco nosso som porque ele estava virando moda", brinca Mauro, 41. "Com essa história de hardcore melódico é a mesma coisa. As bandas são iguais, os caras se vestem igual, tocam igual e cantam as mesmas coisas. Ficou irritante. Cansamos de ver essas coisas surgirem e sumirem. E queremos mostrar que podemos ser a cura para isso -o remédio ou a droga", diz ele, em alusão à capa do CD, que imita a caixa de um remédio e alerta: "Atenção: pode causar dependência psicológica".
Isso porque, além do punk rock poderoso e meio tosco, os Garotos Podres questionam a sociedade sem preocupação com o que é politicamente correto. É assim em "Serviço Militar" ("Não ao serviço militar obrigatório/ .../ Só de pensar nisso eu passo mal/ Quero dar um pé na bunda do general"), em "Sou um Fracassomaníaco", em "Ditador" e em "O Ocidente é um Acidente". Sem contra-indicações.
(FERNANDA MENA)


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