São Paulo, segunda-feira, 02 de julho de 2001

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MÚSICA

Livro faz retrato do rock de Brasília


Jornalista entrevistou participantes da cena


AUGUSTO PINHEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL

Reza a lenda que Renato Russo sempre teve vontade de escrever um livro sobre a "turma", como se auto-intitulava a galera de Brasília que estourou no cenário do rock nacional nos anos 80. Quem conta isso é o jornalista Paulo Marchetti, que, depois da morte de Renato, ficou se perguntando quem levaria a cabo a tarefa. Em 98, ele assumiu a missão, e o resultado é o recém-lançado "O Diário da Turma 1976 -1986: A História do Rock de Brasília" (Conrad Livros, 200 páginas; R$ 39).
"Eu sempre tive vontade de ler essas histórias", diz Marchetti. "Essas histórias" são os casos contados por pessoas que fizeram parte da "turma", dos famosos, como Dinho Ouro Preto e Dado Villa-Lobos, aos "anônimos", que apenas saíam com eles. O próprio autor, que participou da "turma" "como um irmão mais novo", fez várias descobertas no decorrer das entrevistas. "As coisas mais interessantes foram o primeiro registro fonográfico da voz do Renato [Russo" em uma faixa de "O Passo do Lui", do Paralamas, e o hábito que ele tinha de gravar escondido suas conversas com os amigos", diz.
Os fãs de Legião Urbana, Capital Inicial e até do extinto Raimundos (pois há depoimentos dos integrantes) vão se deliciar com os bastidores da carreira deles. Há ainda uma árvore genealógica de bandas, discografia, fotos inéditas, no melhor estilo álbum de amigos, e uma lista dos grupos preferidos da "turma".


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