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MÚSICA
Livro faz retrato do rock de Brasília
Jornalista entrevistou participantes da cena
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AUGUSTO PINHEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL
Reza a lenda que Renato Russo sempre teve vontade
de escrever um livro sobre a "turma", como se auto-intitulava a galera de Brasília que estourou no cenário
do rock nacional nos anos 80. Quem conta isso é o jornalista Paulo Marchetti, que, depois da morte de Renato, ficou se perguntando quem levaria a cabo a tarefa.
Em 98, ele assumiu a missão, e o resultado é o recém-lançado "O Diário da Turma 1976 -1986: A História do
Rock de Brasília" (Conrad Livros, 200 páginas; R$ 39).
"Eu sempre tive vontade de ler essas histórias", diz
Marchetti. "Essas histórias" são os casos contados por
pessoas que fizeram parte da "turma", dos famosos, como Dinho Ouro Preto e Dado Villa-Lobos, aos "anônimos", que apenas saíam com eles. O próprio autor, que
participou da "turma" "como um irmão mais novo",
fez várias descobertas no decorrer das entrevistas. "As
coisas mais interessantes foram o primeiro registro fonográfico da voz do Renato [Russo" em uma faixa de "O
Passo do Lui", do Paralamas, e o hábito que ele tinha de
gravar escondido suas conversas com os amigos", diz.
Os fãs de Legião Urbana, Capital Inicial e até do extinto Raimundos (pois há depoimentos dos integrantes)
vão se deliciar com os bastidores da carreira deles. Há
ainda uma árvore genealógica de bandas, discografia,
fotos inéditas, no melhor estilo álbum de amigos, e uma
lista dos grupos preferidos da "turma".
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