São Paulo, segunda-feira, 06 de maio de 2002

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AMBIENTE

Jovens desenvolve m site em defesa das florestas

Salvar ou destruir?

FREE-LANCE PARA A FOLHA

A floresta Amazônica nunca esteve tão perto. Pelo menos essa é a opinião da estudante Adriana Carvalho dos Santos, 18, que mora em São Paulo e no mês passado teve a oportunidade de ir a Haia, na Holanda, acompanhar as discussões da Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB).
Foi a primeira vez, desde a ECO-92 (Conferência Mundial do Meio Ambiente e Desenvolvimento), realizada no Rio de Janeiro, que os governos do mundo todo se reuniram para discutir os cuidados para a preservação das florestas antigas.
Mesmo sem conhecer de perto a própria Amazônia, a participação na CDB permitiu a Adriana aprender sobre a floresta e a como preservá-la. "Depois que comecei a ter contato com as questões ambientais, percebi que os problemas estão mais próximos do que a gente imagina", diz Adriana.
A floresta Amazônica é uma das regiões mais ricas em biodiversidade do mundo, mas já foi muito destruída. Uma área equivalente ao tamanho da França já foi desmatada por queimadas, o que implica ameaça à sobrevivência de inúmeras espécies.
Adriana e mais dois estudantes foram escolhidos pelo Greenpeace brasileiro no início do ano para fazer o site da ONG sobre diversidade biológica.
Antes disso, eles participaram do projeto Aprendiz, onde aprenderam a lidar com ferramentas para desenvolver sites.
Os três demoraram 45 dias para montar o site www.greenpeace. org.br/salvaroudestruir. Para isso, utilizaram tanto material elaborado pela entidade ambientalista quanto informações recolhidas na internet.
Em Haia, Adriana e Vitor Finotto Cores, 16, outro brasileiro companheiro da viagem, foram o centro das atenções. "Fomos considerados os representantes da Amazônia, e todos queriam nosso testemunho", diz Adriana.
Os dois brasileiros ficaram reunidos com mais outros 28 estudantes de 18 países em bangalôs na cidade de Duilrell, a 30 minutos de carro de Haia. "Percebi que vários problemas são comuns a todos", diz Vitor.
A França, a Alemanha e a Rússia apoiaram ações para deter o processo de destruição de florestas. No entanto, os governos do Brasil, do Canadá e da Malásia não se posicionaram sobre o assunto. (MIRELLA DO MENICH)



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