|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
AMBIENTE
Jovens desenvolve m site em defesa das florestas
Salvar ou destruir?
FREE-LANCE PARA A FOLHA
A floresta Amazônica nunca esteve
tão perto. Pelo menos essa é a
opinião da estudante Adriana Carvalho dos Santos, 18, que mora em
São Paulo e no mês passado teve a
oportunidade de ir a Haia, na Holanda, acompanhar as discussões da
Convenção sobre a Diversidade
Biológica (CDB).
Foi a primeira vez, desde a ECO-92 (Conferência Mundial do Meio
Ambiente e Desenvolvimento), realizada no Rio de Janeiro, que os governos do mundo todo se reuniram
para discutir os cuidados para a
preservação das florestas antigas.
Mesmo sem conhecer de perto a
própria Amazônia, a participação
na CDB permitiu a Adriana aprender sobre a floresta e a como preservá-la. "Depois que comecei a ter
contato com as questões ambientais, percebi que os problemas estão
mais próximos do que a gente imagina", diz Adriana.
A floresta Amazônica é uma das
regiões mais ricas em biodiversidade do mundo, mas já foi muito destruída. Uma área equivalente ao tamanho da França já foi desmatada
por queimadas, o que implica
ameaça à sobrevivência de inúmeras espécies.
Adriana e mais dois estudantes foram escolhidos pelo Greenpeace
brasileiro no início do ano para fazer o site da ONG sobre diversidade
biológica.
Antes disso, eles participaram do
projeto Aprendiz, onde aprenderam a lidar com ferramentas para
desenvolver sites.
Os três demoraram 45 dias para
montar o site www.greenpeace.
org.br/salvaroudestruir. Para isso,
utilizaram tanto material elaborado
pela entidade ambientalista quanto
informações recolhidas na internet.
Em Haia, Adriana e Vitor Finotto
Cores, 16, outro brasileiro companheiro da viagem, foram o centro
das atenções. "Fomos considerados
os representantes da Amazônia, e
todos queriam nosso testemunho",
diz Adriana.
Os dois brasileiros ficaram reunidos com mais outros 28 estudantes
de 18 países em bangalôs na cidade
de Duilrell, a 30 minutos de carro de
Haia. "Percebi que vários problemas são comuns a todos", diz Vitor.
A França, a Alemanha e a Rússia
apoiaram ações para deter o processo de destruição de florestas. No entanto, os governos do Brasil, do Canadá e da Malásia não se posicionaram sobre o assunto.
(MIRELLA DO MENICH)
Texto Anterior: Projeto oferece cultura e aprendizado gratuitos Próximo Texto: Escuta aqui: Um dia na vida "normal" dos Strokes Índice
|