São Paulo, segunda-feira, 06 de dezembro de 2010

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SEXO & SAÚDE

JAIRO BOUER - jbouer@uol.com.br

Redução de danos do álcool é uma boa aposta

FUI A UMA grande festa em São Paulo no fim de semana retrasado em que alguns conceitos de redução de danos no consumo de bebida foram seguidos à risca.
A ideia por trás dessas iniciativas é tentar garantir uma balada mais segura, com menos problemas e riscos para os frequentadores.
Para começar, a festa só era permitida para maiores de 18 anos, já que bebida seria vendida. Ou seja, menores não podiam entrar!
Durante a festa, água era distribuída gratuitamente, sem restrição. Sorvetes e chocolates também eram dados livremente. Desidratação (pelo efeito diurético do álcool) e hipoglicemia (taxa baixa de açúcar no sangue pela falta de consumo de alimentos) estão entre os efeitos que complicam a vida dos jovens nas festas.
Além disso, táxi de graça (até 10 km do raio da festa) também era oferecido. Bastava ligar, dar o nome, falar a idade e pedir para ser levado para a balada ou para casa, sem nenhum risco.
É bom lembrar que, mesmo com a "lei seca", muita gente continua a beber e guiar, aumentando o risco de bater o carro. Acidente automobilístico é ainda a segunda causa de morte de jovens no Brasil. Nos EUA e na Europa é a principal.
Em outra festa que rolou naquele fim de semana, numa intervenção do Grea (Grupo de Estudos de Álcool e Drogas da USP), além de água e doces, também eram oferecidas informações sobre como beber de forma mais segura e testes de bafômetro. Dessa maneira, quem tem resultados elevados pode se sentir desencorajado a assumir o volante do carro.
A educação para um consumo responsável de álcool pelos jovens parece ser uma das prioridades de alguns governos estaduais que começam a trabalhar em janeiro de 2011. Tomara que algumas dessas ideias vistas nas festas por aqui possam ser seguidas de forma mais rotineira no Brasil. Se a moda pegar, todo o mundo sairá ganhando.


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