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Vítimas de acidentes mudam de comportamento
DA REPORTAGEM LOCAL
Para muitos jovens, a mudança de
comportamento no trânsito só vem
depois de uma experiência traumática.
Foi assim com o estudante de turismo
Renato Suzana Oliveira, 21. Em novembro de 1999, quando tinha 18 anos e apenas quatro meses de carteira de habilitação, Renato foi a um churrasco com seus
amigos. Por volta das 21h, ele resolveu
voltar para casa. "Tinha bebido legal e,
na volta, estava andando bem rápido pela avenida Dr. Ricardo Jafet, quando perdi o controle do carro e bati em um poste. Não sei como sobrevivi", diz.
Em decorrência do acidente, Ricardo
quebrou os dentes, quase perdeu a mão
esquerda e machucou o joelho. "Fiquei
uns dois meses muito mal. Quando voltei a dirigir, tinha medo", conta.
Hoje Renato leva uma vida normal.
"Quando eu saio, eu bebo, não vou mentir. Mas, se vejo que estou muito mal, deixo o carro para lá, "desencano". A maior
lição do meu acidente é que álcool e direção não combinam", afirma.
Com o artista plástico Fernando (nome
fictício), 26, aconteceu uma história semelhante. "Há dois anos, quando tinha
24, estava numa fase ruim. Fui para uma
balada e bebi muito. Quando peguei o
carro, de madrugada, sabia que estava
mal, mas queria testar os meus limites."
Fernando pegou a avenida Pompéia
em alta velocidade. "Vi que o sinal estava
vermelho e que havia um carro atravessando a rua. Mesmo assim, continuei
acelerando e bati. Só não me machuquei
muito porque sabia que iria bater."
No outro carro, estavam um homem e
três mulheres, que não se feriram.
Depois do acidente, Fernando não
comprou outro carro. "Não fiquei com
trauma de dirigir, mas hoje estou bem
mais responsável."
(GW)
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