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GAME ON
Brasil continua à margem do mercado dos consoles
ANDRÉ VAISMAN
FREE-LANCE PARA A FOLHA
A revista "EGM Brasil" publicou na edição deste mês uma ótima reportagem
sobre os três maiores consoles e o futuro
deles no Brasil.
Se a matéria é boa, a conclusão deixa a
desejar. Resumindo, daria pra dizer: a
Nintendo e seu GameCube vão sumir
das prateleiras. Com o final da parceria
com a Gradiente, a Nintendo dá três passos para trás.
A Sony e o líder, Playstation, seguem
distantes numa espécie de menosprezo
com o mercado brasileiro. Não tem parceiros, não está procurando, não vai fabricar por aqui e, se entrar, vai ser sozinha. Quando, não sabe e, se sabe, não
diz. Conclusão: calcula-se que já foram
vendidos no Brasil mais de 1 milhão de
consoles, todos importados e caríssimos.
Se, sem publicidade e sem fábrica, o jogo da Sony é líder, quando entrasse para
valer na briga teria tudo para dominar o
mercado. Como não querem saber da
gente, o PS2 vai continuar caro, os jogos,
idem e a pirataria seguirá satisfeita.
Por fim, a Microsoft começa a dar sinais de vida inteligente com seu Xbox.
Depois de boa experiência no México,
onde vendeu em três meses o planejado
para um ano, a MS ameaça desembarcar
seriamente no segundo semestre. Diz estar estudando o mercado brasileiro há
quase três anos e estar convencida do
enorme potencial do país. Conclusão: se
Sony e Nintendo não se mexerem, e a
turma do Bill Gates for esperta, o Xbox
terá uma estrada livre (que precisa só de
asfalto e de menos pedágios).
Colaborou Fabio Silva
@ - gameon@folha.com.br
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